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Bolsonaro abandona tom moderado e ataca Moraes e Lula aos gritos

Bolsonaro abandona tom moderado e ataca Moraes e Lula aos gritos

Presidente volta a se exaltar em entrevista, acusa Moraes de desgastar governo por "questão pessoal" e chama Lula de "pinguço"

Publicado em 7 de outubro de 2022 às 18:02

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CÉZAR FEITOZA, RENATO MACHADO E MATHEUS TEIXEIRA
  • CÉZAR FEITOZA, RENATO MACHADO E MATHEUS TEIXEIRA

BRASÍLIA - Depois de conceder diversas entrevistas após o resultado do primeiro turno da eleição em tom sereno e rodeado de aliados políticos, o presidente Jair Bolsonaro (PL) se exaltou nesta sexta-feira (7) e proferiu novos ataques ao presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral)Alexandre de Moraes, e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com tom de voz agressivo e elevado.

"Alexandre de Moraes, mostre o valor das movimentações. Tenha caráter e mostre o valor das movimentações. É só tentativa de desgaste, isso é bem claro. A minha esposa não tem escritório de advocacia", disse o presidente, aos gritos, em entrevista no Palácio da Alvorada.

Presidente Jair Bolsonaro
Bolsonaro se exaltou durante entrevista coletiva . (Rafael Sobrinho/ TV Globo)

"Você está ajudando a enterrar o Brasil, por questão pessoal. Não sei qual, mas é pessoal. Para onde vai o Brasil com essa quadrilha do PT voltando ao governo?", completou Bolsonaro, em referência ao presidente do TSE.

Na entrevista, Bolsonaro ainda disse que a quebra de sigilo autorizada por Moraes contra Mauro Cesar Barbosa Cid, ajudante de ordens do presidente, é um "crime".

"Já desafiei o Alexandre de Moraes, que vazou a quebra de sigilo telemático do meu ajudando de ordens, que é um crime que esse cara fez. É um crime o que esse cara fez. O meu ajudante de ordens, em especial o Cid, é um cara de confiança meu. 'Cid, aquele assunto com o Putin é assim'. 'Aquele assunto com o Joe Biden é assado'. E esse cara [Moraes] consegue pegar tudo para ele", afirmou.

Bolsonaro concedeu a entrevista, de cerca de 40 minutos, após almoçar com o apresentador de TV José Luiz Datena. O presidente abandonou o discurso moderado que vinha adotando desde domingo (2) e voltou a radicalizar.

"Se vocês botarem um pinguço para dirigir o Brasil, um cara sem qualquer responsabilidade que tem um rastro de corrupção, um rastro de deboche com a família brasileira, de ataques a padres e a pastores, de ataques às Forças Armadas, de ataques aos policiais, vocês acham que vai dar certo?", disse o presidente, referindo-se a Lula.

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