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É diretor-executivo do Sistema OCB/ES e vice-presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae/ES

Cooperativismo capixaba deve movimentar R$ 18,8 bilhões até 2027

Expectativa é que a movimentação econômica cresça 63,4% em comparação com os dados atuais, que registram R$ 11,5 bilhões

  • Carlos André Santos de Oliveira É diretor-executivo do Sistema OCB/ES e vice-presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae/ES
Publicado em 08/04/2024 às 11h37

O cooperativismo está em toda parte. No Espírito Santo, o modelo de negócio marca presença nos 78 municípios, gerando renda, empregos e oportunidades para milhares de pessoas. Juntas, as cooperativas capixabas mantêm 11,5 mil postos de trabalho, somam 747 mil cooperados e são responsáveis por uma movimentação econômica de mais de R$ 11,5 bilhões, valor equivalente a 6,4% do Produto Interno Bruto (PIB) nominal do Estado.

Esses dados, retirados da quarta edição do Anuário do Cooperativismo Capixaba, mostram que, ao alinhar o desenvolvimento econômico ao social, o modelo de negócio baseado na cooperação entre pessoas vem crescendo no estado. E a expectativa é que os indicadores melhorem ainda mais até 2027. Isso porque a meta é que as coops capixabas alcancem um faturamento de R$ 18,8 bilhões até lá.

Além disso, planeja-se que nesse mesmo período o número de cooperados chegue a 942,9 mil, enquanto o de colaboradores (empregados celetistas) deve subir para quase 12 mil. A intenção é que o total de cooperados aumente 10% a cada ano, enquanto o índice de empregos diretos gerados suba 5,5% ao ano.

A meta estadual é parte de um desafio maior, que abarca todo o cooperativismo em território nacional. O Sistema OCB, instituição que representa todas as cooperativas do país, juntamente com suas unidades estaduais, estabeleceu como objetivo o alcance da marca de R$ 1 trilhão de prosperidade até 2027 pelas coops brasileiras.

Fala-se em prosperidade porque, além do fator econômico, as cooperativas estarão empenhadas em fortalecer seus princípios e sua razão de existir. Isso compreende uma melhor distribuição de renda para os cooperados e a sociedade, o que ocorre sempre que uma cooperativa investe na comunidade em que está inserida, fazendo circular riqueza, gerando emprego, pagando impostos e implementando projetos sociais.

O plano pode parecer ousado, mas é factível, pois cada estado deverá se empenhar em atingir as suas metas. As cooperativas do Espírito Santo já estão empenhadas em contribuírem com esse avanço. Alinhadas às diretrizes do Sistema OCB/ES, organização que representa e defende seus interesses no Estado, elas estão focadas em diversificar as suas atividades e ampliar sua competividade, oferecendo produtos e serviços inovadores e de qualidade em cada vez mais localidades. Paralelamente, a proposta é dar continuidade a ações que profissionalizam a gestão e a governança das cooperativas e que beneficiam os cooperados.

As cooperativas capixabas já demonstraram diversas vezes a sua capacidade de superar desafios, de promover o desenvolvimento socioeconômico e de contribuir com a sustentabilidade da comunidade, de forma simultânea. Prova disso é que, de 2021 para 2022, o faturamento delas saiu de R$ 8,4 bilhões para 11,5 bilhões, um crescimento de cerca de 37%. Se a variação continuar evoluindo nesse ritmo, o Espírito Santo com certeza poderá contar com uma contribuição de pelo menos R$ 18,8 bilhões oriundos do coop em sua economia.

Esses resultados também vão estimular o surgimento de mais benefícios e novas oportunidades para a população capixaba, uma vez que a riqueza gerada por uma cooperativa causa impactos positivos que ecoam em várias frentes econômicas e sociais, retornando para a sociedade em forma de mais qualidade de vida e promovendo o desenvolvimento local. Afinal, as cooperativas trabalham para as pessoas, e não o inverso. Esse é o principal diferencial do modelo de negócio.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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