Terminal de Barcaças Oceânicas da ArcelorMittal Tubarão
Terminal de Barcaças Oceânicas da ArcelorMittal Tubarão. Crédito: Mosaico Imagem/ArcelorMittal/Divulgação

ES vai receber R$ 10 bilhões em projetos sustentáveis até 2026

Carteira de investimentos capixaba prevê, no total, R$ 50 bilhões em obras de Norte a Sul no Estado; 20% visam à proteção ambiental

Tempo de leitura: 3min
Vitória
Publicado em 12/12/2022 às 00h40

Com investimentos robustos previstos até 2026, o Espírito Santo terá chances de expandir ainda mais o seu conceito como um Estado preocupado com questões ambientais, comunitárias e também ligadas aos processos públicos.

Um a cada cinco reais investidos nesses próximos anos será destinado a projetos sustentáveis, aponta levantamento do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN). Serão R$ 10 bilhões aplicados em obras que vão amenizar gargalos ambientais e logísticos.

O volume corresponde a 20% dos R$ 50 bilhões previstos pela carteira de investimentos do IJSN produzida em 2022. O total a ser empreendido no Estado, segundo o órgão, entre obras de sustentabilidade e outras importantes para a economia, teve um incremento de 10% em relação à prospecção feita em 2021.

Esse aumento reflete uma melhora no cenário de negócios privados e estrangeiros, mas, sobretudo, um aumento de projetos do governo estadual. Os R$ 50 bilhões que vão circular na economia capixaba vão realizar obras de Norte a Sul no Espírito Santo. São 717 projetos, quantidade menor em relação ao levantamento de 2021, porém com valores mais altos.

O diretor de Integração do Instituto Jones dos Santos Neves, Pablo Lira, reforça que o Espírito Santo tem assumido o protagonismo quando o assunto é ESG. “E a ideia é ampliar, cada vez mais, a realização de projetos inovadores como solução para problemas”, acrescenta.

Na lista de iniciativas estão o programa da Vale para redução de poluentes e a implantação de um programa da ArcelorMittal em parceria com a Cesan para reaproveitar a água da estação de esgoto de Jardim Camburi no processo industrial. A empresa, aliás, já conta com uma planta de dessalinização da água do mar para reduzir a captação de rios.

Entre as ações do Estado, Lira destaca as obras da ciclovia da Terceira Ponte. “A Ciclovia da Vida é uma obra de projeção nacional, um projeto inovador e pioneiro. Além de incentivar um deslocamento sustentável tem como objetivo reduzir as tentativas de suicídio”, pontua.

Pablo Lira

Diretor de Integração do IJSN

"A expectativa é que 2023 seja ainda melhor que os últimos anos em investimentos. A ideia é ampliar, cada vez mais, a realização de projetos inovadores como solução para problemas"

R$ 9 bilhões

É o volume de investimentos previstos pelo governo no Estado até 2026

Na avaliação de Lira, o cenário econômico do Espírito Santo é muito promissor. “A expectativa é que 2023 seja ainda melhor que os últimos anos em investimentos. Com uma gestão organizada, o Estado passa uma mensagem de segurança para o investidor que quer vir para o Espírito Santo e também para os que já estão aqui”, pontua.

A origem dos investimentos mapeados pelo IJSN é majoritariamente privada e nacional, cerca de 72%, somando R$ 36,4 bilhões. O destaque, porém, é o aumento dos investimentos públicos promovidos pelo governo do Estado. Nos últimos três anos, os projetos do governo estadual não chegavam a 17% da carteira, com quantias entre R$ 5,9 bilhões e R$ 7,6 bilhões. Na projeção de 2021 a 2026, o percentual subiu para 18,17%, somando R$ 9 bilhões.

Segundo Lira, a mensagem que o Estado tem passado aos investidores estrangeiros e nacionais é de desenvolvimento econômico com prosperidade social. “O investimento público cresce por causa do equilíbrio das contas públicas, como mostra a nota A no Tesouro Nacional. São investimentos recordes em políticas públicas, muito importantes para o desenvolvimento do Estado. O maior investimento público significa olhar atento para as políticas sociais.”

Em relação aos setores que terão mais projetos, a indústria se destaca com 58,86%, o comércio concentra 41% dos investimentos previstos, restando 0,14% para o setor agropecuário. Dividindo os investimentos por microrregião, a Região Metropolitana receberá a maior fatia. Serão R$ 22,13 bilhões, o equivalente a 44,2% do total. Litoral Sul (25,2%) e Rio Doce (18,9%) aparecem na sequência.

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