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Marcela Gowan: entenda por que é necessário remover pinta maligna na pele

Marcela Gowan: entenda por que é necessário remover pinta maligna na pele

Pintas ou lesões suspeitas na pele podem coçar, doer e sangrar; além disso, elas podem aumentar de tamanho com rapidez ou apresentar sensibilidade

Publicado em 27 de fevereiro de 2025 às 11:53

Marcela Gowan
Marcela Gowan revela que vai remover pinta maligna na pele Crédito: Reprodução @Marcelamcgowan

A ex-BBB e ginecologista Marcela Mc Gowan revelou em entrevista recente que detectou uma pinta “suspeita” no corpo, que terá que ser removida, pois é possível que a lesão seja maligna. A ex-BBB relatou que cresceu uma “pinta estranha” que ela não tinha e que foi mudando. A revelação serve como alerta para a prática de algo que pode salvar vidas: o autoexame da pele.

“Embora o diagnóstico de câncer possa trazer medo e apreensão aos pacientes, as chances de cura do câncer de pele de pior prognóstico, o melanoma, são de mais de 90%, quando há detecção precoce da doença. Por isso, a realização do autoexame dermatológico é necessária. Se o paciente identificar qualquer pinta ou lesão na pele que coce, doa ou sangre; que aumente de tamanho com rapidez; ou ainda que apresente sensibilidade, esse paciente deve procurar um dermatologista que avaliará a necessidade de retirada cirúrgica após fazer uma dermatoscopia", explica a dermatologista Claudia Marçal. 

“A remoção cirúrgica é a principal forma de diagnóstico e tratamento do câncer de pele, assim como de lesões cutâneas consideradas suspeitas ou pré-cancerosas. Hoje, há várias técnicas altamente eficazes para remover tumores de pele e reconstruir a área afetada. A escolha do melhor método depende do tamanho e das características específicas da lesão”, acrescenta a cirurgiã plástica Beatriz Lassance.

De acordo com a cirurgiã plástica, a cirurgia permite que a lesão seja enviada para análise anatomopatológica para certificar que todo o tumor foi ressecado. “Os tumores de pele podem ser classificados em melanoma ou não melanoma. Tumores tipo melanoma não são relacionados à exposição solar, são bem agressivos, podem produzir metástases. Caracterizam-se por coloração escura, irregulares e de crescimento progressivo. Felizmente, correspondem a apenas 5% dos tumores cutâneos. Já o carcinoma espinocelular corresponde por 20% do total de casos de tumores cutâneos. Geralmente aparece no rosto, orelha, lábios, pescoço e no dorso da mão. Pode também surgir em cicatrizes antigas ou feridas crônicas da pele em qualquer parte do corpo e até nos órgãos genitais. Carcinomas espinocelulares têm risco maior que o basocelular de invadir o tecido gorduroso, atingir os linfonodos (gânglios linfáticos) e outros órgãos. Aparecem como feridas que não cicatrizam e são de crescimento progressivo, muitas vezes rápido”, explica Beatriz. “Os carcinomas, tanto provenientes da camada basal, como da camada espinhosa da epiderme, quando diagnosticados também com rapidez trazem 100% de cura ao paciente", informa Claudia Marçal.

Ficar atento à própria pele é muito importante, segundo as médicas. O dermatologista Renato Soriani explica que o autoexame deve ser realizado principalmente nas pessoas de pele clara, aquelas que possuem antecedentes familiares de câncer de pele, têm mais de 50 pintas, tomaram muito sol antes dos trinta anos e sofreram queimaduras. A indicação também vale para as pessoas que já retiraram pintas com diagnóstico de atípicas.

"O ideal é realizar o autoexame com certa regularidade, uma vez por mês, na frente do espelho e de preferência com luz natural, para verificar o surgimento de alguma mancha, relevo ou ferida que não cicatriza", indica o médico. Mas, para realizar o autoexame, primeiro é necessário entender a que tipo de lesão deve-se estar atento. Normalmente é usada a regra do ABCDE (área, borda, cor, diâmetro e evolução) sobre pintas com pigmentação. "Avaliamos área em que está localizada, as bordas identificando irregularidade, observamos a presença ou não de várias cores compondo esta lesão e observamos se apresenta diâmetro acima de 6 mm e se está em evolução (crescimento) em comparação ao último exame. Quanto aos sinais clínicos, a lesão é perigosa quando aumenta de tamanho ou muda de forma com rapidez, apresenta coceira, dor, sensibilidade ou sangramento”, argumenta Renato. “É a hora de ir ao dermatologista”, diz.

Dicas para o autoexame

- Examinar o rosto, principalmente o nariz, lábios, boca e orelhas.

- Para facilitar o exame do couro cabeludo, separar os fios com um pente ou usar o secador para melhor visibilidade. Se houver necessidade, pedir ajuda a alguém. 

- Prestar atenção nas mãos, também entre os dedos. 

-Levantar os braços, para olhar as axilas, antebraços, cotovelos, virando dos dois lados, com a ajuda de um espelho de alta qualidade. 

-Focar no pescoço, peito e tórax. As mulheres também devem levantar os seios para prestar atenção aos sinais onde fica o soutien. Olhar também a nuca e por trás das orelhas. 

- De costas para um espelho de corpo inteiro, usar outro para olhar com atenção os ombros, as costas, nádegas e pernas. 

- Sentada (o), olhar a parte interna das coxas, bem como a área genital. 

- Na mesma posição, olhar os tornozelos, o espaço entre os dedos, bem como a sola dos pés.

De acordo com a dermatologista, este tipo de cuidado de rotina, principalmente para quem tem a pele muito clara e com muitas pintas, promove consciência e aguça o olhar sobre as lesões, aumentando a percepção de mudança ou seu crescimento. “Mesmo em caso de dúvida, visite o dermatologista”, reforça a médica.

Por fim, embora a principal causa do melanoma seja genética, a exposição solar também influencia no aparecimento da doença — principalmente com os elevados índices de radiação que atingem níveis considerados potencialmente cancerígenos. “Por isso, o filtro solar deve ser usado diariamente independentemente da estação do ano e se está num dia nublado, chuvoso ou encoberto; a radiação UV mesmo em um dia 100% encoberto, ela só é barrada em 30% e 70% dessa radiação passa. Usar e reaplicar o protetor solar é fundamental", finaliza Renato Soriani.

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