Publicado em 5 de maio de 2025 às 11:00
Acordar antes das cinco horas da manhã para encarar um treino intenso realmente traz mais resultados? Não é incomum ao acordar - e olhar a rede social - ver diversas pessoas já praticando a atividade física do dia. >
Mas será que existe um horário ideal para treinar? A resposta não é tão simples, e a ciência mostra que o melhor momento para se exercitar depende de uma série de fatores, como o seu objetivo, o tipo de treino, o relógio biológico e o estilo de vida.>
Pesquisas com atletas, por exemplo, apontam que o desempenho físico pode ser melhor no fim da tarde. Uma análise das Olimpíadas de 2004 a 2016 revelou que nadadores tendem a obter melhores resultados por volta das 17h, em sintonia com o ritmo circadiano — o relógio biológico que regula funções como sono, apetite e performance física ao longo do dia. Outros estudos indicam que esportes de resistência alcançam pico de desempenho entre as 16 horas e 20 horas.>
Conforme explica a professora de Educação Física Bárbara Gomes, da da academia Razões do Corpo, em geral, os treinos noturnos favorecem maior ganho muscular, enquanto os matinais auxiliam na queima de gordura corporal.>
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“Mas isso depende do cronotipo, ou seja, a tendência natural de cada pessoa ser mais ativa pela manhã (madrugadores) ou à noite (notívagos). Respeitar esse ritmo biológico e alinhar os treinos a ele pode melhorar a performance e facilitar a adaptação”, afirma a profissional.>
Ainda segundo a profissional, treinar sempre no mesmo horário ajuda o corpo a se ajustar. "Não é preciso mudar a rotina drasticamente — o mais importante é manter uma prática regular de exercícios", garante.>
Não existe um horário universalmente melhor para treinar. O ideal é respeitar o próprio ritmo, adaptar os treinos à rotina e manter a constância.>
Vantagens e desvantagens de cada horário
Manhã: o corpo está mais descansado e com níveis hormonais elevados, favorecendo treinos de força e aeróbicos. Também pode aumentar a disposição ao longo do dia. Por outro lado, o desempenho pode ser prejudicado pelo jejum e pela temperatura corporal mais baixa.
Tarde: o corpo atinge um equilíbrio fisiológico ideal, com temperatura elevada e maior liberação de adrenalina. É uma boa opção para quem gosta de modalidades de curta duração e que envolvam esforços intensos, ou que necessitam de mais velocidade. No entanto, a queda de energia após o almoço pode afetar o rendimento, se a alimentação não for adequada.
Noite: o organismo ainda mantém boa resistência e coordenação, e os treinos podem ajudar a relaxar. Em alguns casos, até melhoram o sono. O ponto de atenção é para pessoas mais sensíveis: treinos intensos à noite podem dificultar o adormecer. Nesses casos, vale adotar medidas de higiene do sono, como evitar telas digitais, fazer refeições leves e utilizar técnicas de relaxamento antes de se deitar.
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