Publicado em 20 de janeiro de 2025 às 14:28
Na última semana a participante Gracyanne Barbosa ingeriu frango cru em uma das refeições no "Big Brother Brasil 2025".No episódio antes da prova do Líder, a própria influenciadora afirmou que o alimento "estava meio cru", e chegou a receber um alerta importante de Giovanna, sua irmã: "Gra, tá meio cru", falou a sister. Em seguida, Gracyanne respondeu: "Eu tô com muita fome. Eu sei que tá meio cru", disse a modelo. A cena acendeu o alerta do público sobre o risco de contaminação.>
O consumo de carne de frango crua ou mal cozida é uma prática que pode acarretar sérios riscos à saúde, devido à presença potencial de bactérias patogênicas. Apesar de ser uma iguaria em algumas culturas, é essencial compreender os perigos associados a esse hábito alimentar. >
De acordo com Felipe Strela, coordenador de Nutrição do Unesc, cozinhar a carne de frango é essencial para a saúde, pois o processo térmico elimina microrganismos patogênicos que podem estar presentes, reduzindo o risco de doenças transmitidas por alimentos (DTAs). “Além disso, o cozimento melhora a digestibilidade e a biodisponibilidade de nutrientes. O frango cru pode conter patógenos como Salmonella spp., Campylobacter jejuni e Escherichia coli, que são responsáveis por infecções gastrointestinais severas”. >
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cozinhar alimentos a temperaturas internas de pelo menos 74°C inativa esses microrganismos. “Cozinhar o frango não apenas garante a segurança microbiológica, mas também otimiza os benefícios nutricionais, protegendo a saúde do consumidor", pontuou.>
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O consumo de carne crua apresenta uma série de riscos à saúde, especialmente relacionados à contaminação por microrganismos patogênicos e parasitas. Além disso, há a maior possibilidade de exposição a toxinas bacterianas. Esses riscos podem causar infecções gastrointestinais severas e complicações sistêmicas, dependendo do estado imunológico do indivíduo e do grau de contaminação do alimento. >
“Carne crua pode conter cepas bacterianas resistentes a antibióticos devido ao uso inadequado de antimicrobianos em animais criados para consumo. A ingestão desses patógenos aumenta o risco de infecções difíceis de tratar em humanos", destacou Felipe Strela.>
Ao consumir carne crua, a pessoa assume o risco de ingerir bactérias patogênicas, além de outros microrganismos e parasitas que podem estar presentes. “Mesmo em condições sanitárias controladas, a carne crua pode conter agentes infecciosos devido a fatores como contaminação durante o abate, transporte ou armazenamento”, disse o nutricionista.>
Pessoas que consomem carne crua podem enfrentar diversos problemas de saúde, dependendo do tipo de patógeno ou contaminante presente no alimento. “Os riscos variam de doenças gastrointestinais leves a condições graves que afetam órgãos vitais, e as consequências dependem da quantidade de microrganismos ingeridos, do estado imunológico da pessoa e do tipo de carne consumida”, alertou. >
O consumo de alimentos crus pode ser um veículo de transmissão de diversas doenças, geralmente causadas por microrganismos patogênicos (bactérias, parasitas e vírus). Entre as doenças bacterianas estão a Salmonelose, Infecção por Escherichia coli, Listeriose, Campilobacteriose, Botulismo. Já as doenças parasitárias incluem a Toxoplasmose, Teníase e cisticercose, Anisakíase, Trichinose. As doenças virais podem ser a Hepatite A e infecção por Norovírus, entre outros.>
Em relação à forma de prevenção, não basta cozinhar bem os alimentos. “Cozinhar bem os alimentos é uma medida altamente eficaz para eliminar patógenos, mas não é a única forma de prevenir doenças transmitidas por alimentos. Existem diversas práticas complementares que abrangem desde a escolha dos ingredientes até a higiene e o armazenamento correto. Essas práticas são fundamentais para prevenir tanto a contaminação inicial quanto a multiplicação de microrganismos e a exposição a contaminantes químicos”, enfatizou.>
Dentre as práticas para prevenir doenças transmitidas por alimentos, vale o destaque para o uso de água segura para manipulação e preparo das comidas, por meio da utilização de água potável, somente. “Para a correta higienização de frutas, verduras e legumes devemos usar água corrente para remover sujidades e reduzir a carga microbiana. Além disso, é recomendado utilizar sanitizantes, como hipoclorito de sódio (solução de 200 ppm ou 1 colher de sopa por litro de água) por 15 minutos, seguido de enxágue abundante”, concluiu Felipe Strela.>
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