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Dimpleplastia: cirurgia para criar covinhas no rosto é tendência entre os jovens

Dimpleplastia: cirurgia para criar covinhas no rosto é tendência entre os jovens

Especialista comenta sobre o procedimento que já é tendência nos Estados Unidos e vem ganhando cada vez mais popularidade no Brasil, principalmente entre os "millenials"

Publicado em 2 de setembro de 2020 às 14:00

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Jovem com sorriso tímido
A cirurgia acontece por meio de uma incisão no interior da boca. (Footer)

Apesar de serem causadas por uma má formação genética, as covinhas, marcas na pele que surgem na bochecha e queixo, são consideradas um charme por muitos. Mas grande parte das pessoas não possui essas marquinhas e sonham em tê-las. Como resultado, uma nova tendência vem ganhando cada vez mais espaço no ramo da cirurgia plástica: a dimpleplastia. “Recentemente, vemos um aumento na procura pela dimpleplastia entre os millenials. Esse é um procedimento originado nos Estados Unidos que tem como objetivo a criação de covinhas no rosto, principalmente na bochecha”, explica o cirurgião plástico Dr. Mário Farinazzo, membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e Chefe do Setor de Rinologia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).

Segundo o especialista, o procedimento tem ganhado popularidade por ser rápido, feito com anestesia local, ter tempo de recuperação reduzido e promover melhora da estética facial. “Mas, apesar das vantagens, a realização desse tipo de procedimento nem sempre é recomendada, principalmente porque as marcas feitas por meio da dimpleplastia ficam aparentes a todo momento, distinguindo-se então das covinhas naturais, que aparecem apenas quando sorrimos, e, consequentemente, conferindo um aspecto exagerado à face”, diz o médico.

“Além disso, quando realizada da maneira incorreta por um profissional inexperiente, a dimpleplastia pode causar danos aos lábios e às glândulas salivares, além de deixar a face assimétrica”, alerta.

Contrário à realização da técnica, o  Mário Farinazzo explica que a dimpleplastia é feita através de uma incisão no interior da boca do paciente, próxima à bochecha, o que possibilita ao cirurgião retirar parte da gordura da região e fixar a pele no músculo. Dessa forma, a pele passa a ser contraída junto da musculatura, promovendo assim a formação das covinhas. “Por ser uma cirurgia relativamente simples, o paciente recebe alta no mesmo dia. No entanto, assim como em qualquer outra cirurgia, é recomendado repouso nas primeiras 24 horas.

Além disso, nas duas semanas que procedem a dimpleplastia, o paciente deve parar de fumar e consumir bebidas alcoólicas, evitar exposição solar e golpes na região da operação e realizar a mastigação com delicadeza. É recomendado também que o paciente realize a higienização oral com frequência para manter a cavidade oral limpa e prevenir infecções”, afirma o cirurgião plástico. “O resultado pode levar até dois meses para aparecer completamente, já que depende da diminuição total do inchaço que surge após o procedimento, que pode ser acompanhado também por hematomas e desconforto no local.”

O Dr. Mário Farinazzo ressalta ainda que, apesar de não ser um entusiasta da dimpleplastia, a cirurgia é especialmente contraindicada para pacientes com doenças graves da cavidade bucal, como infecções, gestantes e lactantes. Já pacientes hipertensos, diabéticos e que sofrem com doenças coronárias dependem de liberação médica para passar pelo procedimento. “Por fim, é importante lembrar que, antes de optar pelo procedimento, o ideal é conversar com seu cirurgião plástico, já que ele poderá indicar inúmeros outros procedimentos que podem ser mais eficazes na melhora da estética facial do que a dimpleplastia”, finaliza.

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