Publicado em 23 de julho de 2021 às 20:46
O canoísta Isaquias Queiroz quer sair dos Jogos de Tóquio novamente como o maior medalhista do Brasil nesta edição. Ele já obteve esse feito na Olimpíada do Rio, em 2016, quando subiu três vezes no pódio. Mas faltou a medalha de ouro, que ele busca garantir agora no Japão nas duas provas que vai disputar: no C1 1.000m e no C2 1.000m, ao lado do parceiro Jacky Godmann. "Sei que pode parecer ganancioso, mas cinco anos de trabalho precisam ser coroados", disse.>
São as melhores possíveis e estou bem feliz por ter chegado até aqui. Me preparei o máximo, sempre me cuidando, graças a Deus não tive nenhuma lesão grave e estou só esperando o dia da competição, que é dia 2, no C2.
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Só eu sei o quanto treinei para evoluir para ganhar a medalha. E espero ganhar. A expectativa é ganhar a medalha de ouro. Não sei se vem uma ou duas. A gente não vai entrar na água para brigar pela prata ou bronze, vamos pelo ouro. É um objetivo meu, e do Lauro, por tudo que fizemos, então quero o ouro no C1. Já no C2 temos feitos ótimos treinamentos com o Jacky, evoluímos, e acho que vamos brigar por medalha, só não sabemos qual a cor. Sei que pode parecer ganancioso, mas cinco anos de trabalho precisam ser coroados.
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Meu trabalho e o meu foco são conquistar as duas medalhas. Com o Erlon, eu também tinha chance de medalha, e o Jesus sabe o que ele fez pela gente aqui no Brasil, então não queremos deixar passar em vão. Queremos coroar com pódio essa homenagem a ele, então tem de ser duas medalhas.
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A gente se esforçou bastante, e sei que é muito triste treinar quatro anos e ficar fora da Olimpíada. Não é toda vez que a gente tem a possibilidade de participar de um evento grandioso como esse. Agora o Erlon está se recuperando para tentar ir para os Jogos de Paris. Mas no momento o objetivo é Tóquio e estou muito concentrado nisso.
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Fiz um treinamento bem pesado, teve um dia até que saí da água vomitando. Mas pelo treinamento que fizemos, estou bem confiante de que pode chegar uma medalha.
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Ele ainda é um pouco tímido, ele trava nas entrevistas. Mas estou conversando com ele e falando: 'Seja mais você'. Aqui todo mundo é brincalhão, até o Erlon. Acho que é o estilo baiano, que leva as coisas de uma forma leve e sempre tem brincadeira.
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Agora estou mais acostumado, mas acho que não é fama. Eu sinto que é reconhecimento ao meu trabalho, fama é com ator. Eu vejo o pessoal vibrando quando ganho a medalha, então quero ter mais reconhecimento ainda. E sempre vou lembrar das várias pessoas que me ajudaram na carreira.
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Sim. Eu acabei de fazer o rosto da minha esposa, tenho ainda o nome da minha mãe, uma figura maori, tenho também na costela uma tatuagem que é uma sombra minha remando. Também tatuei uma marca que queria alcançar, que era 3min46s, mas depois já fiz 3min44s e preciso atualizar. E depois de Tóquio quero fazer uma do meu filho e da minha mãe.
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Sinto muita falta, porque quando estou com meu filho costumo brincar muito com ele. Ele fica brincando de caubói e o Sebastian gosta de ir no barco, quer ir sentadinho e ver eu remando. Para mim é muito bom estar com a família.
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Estou muito bem. Tento manter o padrão físico e estar entre 84 kg a 85 kg. Acho que estou mais magro que no início do ano, com menos gordura, mas mais forte. Acredito que estou no peso ideal de competição.
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