Publicado em 22 de novembro de 2021 às 11:12
A chanceler alemã, Angela Merkel, advertiu nesta segunda-feira (22) que, com a atual evolução, os recordes diários de casos e a baixa vacinação, a situação da Covid-19 "será pior do que tudo o que vimos até agora". Segundo uma fonte, Merkel fez a afirmação durante um encontro de dirigentes de seu partido, a conservadora União Democrata Cristã (CDU). >
Segundo a chanceler, as atuais restrições no país "não são suficientes diante da situação dramática" provocada pelo surto de infecções de Covid-19 e defendeu restrições mais rígidas para tentar conter o avanço do vírus.>
Merkel esclareceu no encontro que a situação é "altamente dramática" e comunicou que em pouco tempo os hospitais estarão sobrecarregados de infectados pela doença, caso não haja medidas rígidas para conter a Covid-19 no território, informou a Bloomberg. >
A chanceler disse ainda que muitos cidadãos parecem não ter entendido a gravidade do aumento da doença pelo país e ponderou que apenas a vacinação não é o suficiente para impedir a situação atual. >
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No encontro, Merkel solicitou aos 16 estados do país - que têm autonomia para determinar as políticas de combate à doença - para definirem medidas mais duras contra o novo coronavírus ainda esta semana. >
Apesar das tentativas anteriores, o país não conseguiu elevar a taxa de vacinados para além de 68% da população. >
A taxa de incidência de casos de coronavírus de sete dias na Alemanha subiu ontem para o ponto mais alto desde que a pandemia começou pelo 14° dia consecutivo, atingindo 372,7 no país todo. Em algumas regiões, hospitais já informaram que suas UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) estão lotadas. >
No geral, 5,35 milhões de infecções por coronavírus foram notificadas na Alemanha desde o início da pandemia, em fevereiro de 2020. O país já registrou 99.062 mortes em decorrência da doença. >
O ministro da Saúde alemão, Jens Spahn, declarou hoje que as pessoas que não se vacinaram contra a Covid-19 devem pegar o vírus nos próximos meses e algumas morrerão em decorrência da doença. >
Em entrevista coletiva, Spahn declarou que o final do inverno europeu "quase todo mundo na Alemanha provavelmente estará vacinado, recuperado ou morto" e reconheceu que algumas pessoas podem achar a declaração exagerada. "A imunidade [da população] será alcançada (...) A questão é se é por vacinação ou infecção, e recomendamos empaticamente o caminho por meio da vacinação", advertiu o ministro. >
Políticos alemães estão debatendo a possibilidade de tornar a vacinação contra a Covid-19 obrigatória, considerando o aumento de novos casos e baixa taxa de imunização. >
Vários membros do partido conservador da chanceler Angela Merkel disseram ontem que os governos federal e estaduais deveriam introduzir a vacinação obrigatória em breve, já que outros esforços para elevar a taxa de vacinados para além de 68% da população falharam. >
"Chegamos num ponto em que devemos dizer claramente que precisamos de uma vacinação obrigatória e um lockdown para os não vacinados", escreveu Tilman Kuban, líder da ala jovem do partido de Merkel no jornal Die Welt.>
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