Publicado em 14 de agosto de 2020 às 11:49
O Reino Unido assinou acordos para a compra de 90 milhões de doses de duas outras vacinas contra a Covid-19 que estão em fase de testes, conforme informou o governo britânico nesta sexta-feira (14). Estes são os imunizantes desenvolvidas pela farmacêutica belga Janssen e pela empresa de biotecnologia norte-americana Novavax. Com os novos convênios, o Reino Unido garantiu a aquisição de um total de seis vacinas que estão sendo testadas em todo o mundo e 340 milhões de doses. >
O país assinou contratos para a compra de 100 milhões de unidades da vacina da Universidade de Oxford, 30 milhões da Janssen, 30 milhões da BioNTech/Pfizer, 60 milhões da Valneva, 60 milhões da GSK/Sanofi e 60 milhões da Novavax.>
A chefe do Grupo de Trabalho sobre Vacinas, instituído pelo governo britânico, Kate Bingham, disse que é "prioridade" garantir que haja doses suficientes para os grupos "sob maior risco de infecção pelo novo coronavírus". >
O ministro dos Negócios, Alok Sharma, explicou, por sua vez, que a estratégia do executivo é ter uma carteira de vacinas "candidatas" para que o Reino Unido tenha "a melhor chance de encontrar uma que funcione".>
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Estes contratos foram comunicados após o governo ter anunciado, na noite de quinta-feira (13), a imposição de uma quarentena de 14 dias, a partir deste sábado, aos viajantes da França e Holanda, devido ao aumento de casos de Covid-19 nesses países. >
Além disso, o Reino Unido também decidiu aplicar o isolamento para aqueles que chegam de Malta, Mônaco, Turks e Caicos e Aruba.>
Por outro lado, o governo britânico informou que também a partir de sábado poderão abrir centros de beleza e recepções de casamento para um pequeno número de convidados - medidas que fazem parte do processo de flexibilização. A redução das restrições, no entanto, está avançando em velocidades diferentes nas regiões do país, devido a novos surtos locais de Covid-19.>
Em seu relatório mais recente, divulgado no dia 31 de julho, a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que há 165 vacinas sendo desenvolvidas para combater o novo coronavírus. Dessas, 26 estão em avaliação clínica, ou seja, iniciaram os testes em seres humanos. >
São cerca de 90 mil voluntários, por enquanto, que vão receber as doses. Seis das vacinas estão na fase 3, a última antes da conclusão. As outras 139 estão em um momento inicial, de identificar o agente causador e realizar testes em animais, como camundongos, por exemplo.>
Duas das vacinas em estágio mais avançado contam com a participação de instituições brasileiras. O Instituto Butantã trabalha no desenvolvimento junto à farmacêutica chinesa Sinovac para produção e testes. Estes começaram no Hospital das Clínicas no dia 21 de julho e já estão acontecendo também em outros centros, como o Emílio Ribas. Se os testes forem bem-sucedidos, a vacina pode começar a ser produzida no início de 2021. >
A fábrica Bio-Manguinhos, na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), se prepara para produzir a vacina contra Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford, do Reino Unido. O acordo entre a Fiocruz e a AstraZeneca, farmacéutica que adquiriu a vacina inglesa, foi anunciado no fim de junho.>
Além destas, o presidente Vladimir Putin disse, na terça-feira (11), que a Rússia se tornou o primeiro país do mundo a aprovar a regulamentação para um imunizante contra ao novo coronavírus - o Sputnik V, após menos de dois meses de testes em humanos. A aprovação abre caminho para a imunização em massa da população russa, ainda que o estágio final de ensaios clínicos para testar a segurança e eficácia não tenha sido concluído. >
A velocidade com que a Rússia está se movimentando para lançar sua vacina destaca a determinação em vencer a corrida global por um produto eficaz, mas despertou preocupações de que pode estar colocando o prestígio nacional acima da ciência e segurança sólidas. Moscou, no entanto, afirmou que a aprovação é sinônimo da sua "proeza científica".>
Interessado na Sputnik V, o Governo do Paraná assinou na tarde de quarta-feira (12), um acordo com a Rússia para auxiliar no desenvolvimento desta vacina. A partir do memorando, o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) deve estreitar os laços com o Instituto Gamaleya da capital russa, que lidera o desenvolvimento do imunizante.>
Em entrevista à TV Bahia no último dia 3, o governador da Bahia, Rui Costa, já havia confirmado uma reunião com as autoridades russas para garantir o interesse do Estado e da região nordestina na vacina que está sendo produzida. "Nós tivemos, uma reunião pela internet com o embaixador da Rússia, demonstrando interesse da Bahia e dos Estados do Nordeste em ter essa parceria, tanto para ajudar a fazer os testes da vacina, como eventualmente participar do processo de vacinação.">
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