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Gol e Latam prometem buscar capixabas presos no Peru, mas sem prazo

Gol e Latam prometem buscar capixabas presos no Peru, mas sem prazo

As companhias aéreas não informaram quando isso vai acontecer e as informações, segundo os capixabas, ainda são vagas. Fronteiras foram fechadas para conter pandemia do coronavírus

Publicado em 18 de março de 2020 às 17:40

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Brasileiros impedidos de sair do Peru após fechamento de fronteiras. (Max Miller Miranda)

Há dois dias presos no Peru, após o país decretar o fechamento de todas as fronteiras na segunda-feira (16), por conta do coronavírus, os capixabas que estão entre os turistas que não conseguem retornar ao Brasil receberam a notícia que esperavam: as companhias aéreas Gol e Latam prometeram buscá-los. Porém, ainda não há prazos para os vôos e as informações, segundo os brasileiros, ainda são vagas. 

Procurado pela reportagem nesta quarta-feira (18), o Itamaraty informou por nota que "a Embaixada do Brasil em Lima continua acompanhando a delicada situação dos turistas brasileiros que estão tentando retornar ao Brasil após a decretação do estado de emergência por parte do Governo peruano em decorrência do COVID-19. No momento, continuam sendo mantidas conversas com companhias aéreas, com vistas a mobilizá-las para viabilizar o rápido regresso dos brasileiros".

Também procuradas, a LATAM e a GOL informaram por nota que procede a informação de que as companhias aéreas vão buscar os brasileiros. Mas indagadas sobre prazos, afirmaram que não há mais informações que possam ser passadas no momento. 

De acordo com o serviço de migrações do governo peruano, há hoje 3.770 brasileiros no país. No última segunda-feira (16), cerca de 50 desses turistas, sendo dois capixabas, foram informados que não conseguiriam retornar ao Brasil pelo aeroporto de Cusco. Além deles, pelo menos outros seis capixabas enfrentam a mesma dificuldade no aeroporto de Lima.

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Vimos turistas dos EUA, México e Israel que estavam na mesma situação que nós e que seus países já vieram buscá-los. Foi muito rápido. Dá uma certa frustração. Sentimos uma morosidade. Não há nada de concreto e muitas especulações. Não sabemos se vão nos buscar em dias, semanas ou meses. Eu ainda estou em uma situação confortável. Mas há brasileiros em calamidade, sem ter dinheiro, sem poder ir ao mercado, vendo preços absurdos. É uma sensação de abandono. Entre os brasileiros, somos pelo menos oito capixabas em Cusco e Lima 

Max Miller Miranda
Fisioterapeuta
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O DRAMA DOS TURISTAS CAPIXABAS

O drama dos turistas capixabas teve início quando eles foram orientados a procurar o aeroporto para retornar ao Brasil, já que as fronteiras seriam fechadas, na última segunda-feira (16). Mas ao chegarem ao aeroporto, já não era mais permitida a saída do país e eles foram informados da determinação de quarentena até o dia 1° de abril, mesmo sem apresentarem sintomas. Apesar disso, eles tiveram dificuldades para serem aceitos em hotéis e não há autorização para dormir no aeroporto.

Os capixabas Max Miller Miranda e Kellen Alasia Miranda . (Max Miller Miranda)

Desesperados, os brasileiros pediram socorro ao Ministério das Relações Exteriores. O grupo passou cera de 16 horas no aeroporto na última segunda (16) atrás de uma definição. Como não houve, cada um teve que conseguir um lugar para dormir, por conta própria e enfrentando dificuldades.

Na terça-feira (17) os brasileiros que estão em Lima conseguiram uma resposta da Embaixada do Brasil, que afirmou ter conseguido a liberação dos turistas, além de estar negociando os vôos de retorno com as companhias aéreas. 

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