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Ganhar é fácil, perder é difícil, diz Trump durante visita à Virgínia

Ganhar é fácil, perder é difícil, diz Trump durante visita à Virgínia

O presidente contou que se sente bem e apontou o cenário em que se considera à frente na corrida à Casa Branca contra Joe Biden

Publicado em 3 de novembro de 2020 às 18:53

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Em um discurso para apoiares, Trump puxou o nome de Gaga e a plateia vaiou a artista imediamente
Em um discurso para apoiares, Trump puxou o nome de Gaga e a plateia vaiou a artista imediamente. (Reuters/Folhapress)

O republicano Donald Trump voltou a dizer nesta terça-feira (3), dia da eleição presidencial, que se sente otimista em relação ao resultado do pleito contra o democrata Joe Biden. Durante visita ao comitê do Partido Republicano no estado da Virgínia, o republicano foi questionado por repórteres se já havia elaborado um discurso de vitória ou de concessão do cargo presidencial.

"Não estou pensando em discurso de concessão ou aceitação ainda. Esperamos só fazer um desses dois e você sabe, ganhar é fácil. Perder nunca é fácil. Para mim não é", disse ele.

O presidente contou que se sente bem e apontou o cenário em que se considera à frente na corrida à Casa Branca contra Joe Biden.

"Soube que estamos indo muito bem na Flórida e muito bem no Arizona. Estamos indo incrivelmente bem no Texas. Estamos indo - acho que estamos - muito bem por todo o lado", disse ele. "Penso que vamos ter uma grande noite".

Os três estados são considerados decisivos na disputa deste ano. Na Flórida, onde há um cenário indefinido, sem um favorito claro, Biden tem uma leve vantagem de 2,5 pontos percentuais.

No Arizona, o democrata está à frente com a mesma margem -uma vitória no estado elevaria suas chances de ser eleito para 97%.

Já no Texas, tradicional reduto republicano, Trump está à frente com pouco mais de um ponto percentual -a maior parcela de votação antecipada deste ano, entretanto, pode dar a vitória à Biden. Os dados são do site especializado FiveThirtyEight.

Trump também voltou a criticar a decisão da Suprema Corte que permitiu que os votos por correio no estado da Pensilvânia sejam recebidos por até três dias depois da eleição.

"Eu acho que a decisão sobre a Pensilvânia pela Suprema Corte foi infeliz, porque eu acho que devemos saber o que acontece na noite [da eleição]. Deixe as pessoas colocarem suas cédulas mais cedo, mas você tem que ter números, pode ser que essas coisas atrasem por muitos dias e talvez semanas, você não pode fazer isso", disse.

E continuou: "Muitas manobras, muitas coisas ruins acontecem com cédulas quando você diz 'Oh, vamos dedicar dias e dias' [à contagem]".

Na segunda (2), uma publicação de Trump no Twitter em que ele criticava a decisão da Corte foi sinalizada como 'contestável' pela plataforma - e, possivelmente, contendo 'informações incorretas'. O presidente afirmava que a prorrogação no prazo de recebimento dos votos por correio no estado permitiria sabotagens, minaria o sistema jurídico e induziria violência nas ruas.

Biden lidera com 5,1 pontos percentuais na Pensilvânia, segundo o site FiveThirtyEight, e o estado é considerado o mais crucial neste pleito -uma virada do republicano poderia transformá-lo em favorito na disputa geral, com 64% de chance de ser reeleito.

Durante toda a campanha eleitoral deste ano, os republicanos e a campanha do atual presidente têm tentado limitar e desacreditar a participação de eleitores via correspondência. A modalidade deve atingir níveis recordes de participação neste ano impulsionada, principalmente, pela pandemia de Covid-19. Cerca de 100 milhões de americanos já votaram de forma antecipada nos EUA, seja presencialmente ou via correio.

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