Publicado em 21 de janeiro de 2025 às 13:09
Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China disse que o país está preocupado com a nova saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris. A declaração foi feita nesta terça-feira (21).>
"A mudança climática é um desafio comum enfrentado por toda a humanidade e nenhum país pode permanecer insensível ou resolver o problema sozinho", disse o porta-voz Guo Jiakun.>
O presidente recém-empossado dos Estados Unidos Donald Trump assinou a retirada do país do acordo na segunda-feira (20), horas após receber o cargo. O pacto internacional foi firmado em 2015 para reduzir as emissões de gases do efeito estufa, que causam o aquecimento global.>
O chefe de política climática da União Europeia, Wopke Hoekstra, também se manifestou sobre a saída dos EUA do acordo. "É realmente lamentável que a maior economia do mundo, e um dos nossos aliados mais próximos na luta contra as mudanças climáticas, esteja se retirando do Acordo de Paris", disse Hoekstra na rede social X.>
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Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, disse que o Acordo de Paris continua a ser a melhor esperança para toda a humanidade na questão climática.>
"A Europa manterá o rumo e continuará a trabalhar com todas as nações que desejam proteger a natureza e parar o aquecimento global", afirmou nesta terça-feira durante o Fórum Econômico Mundial, que acontece até 24 de janeiro em Davos, na Suíça.>
Na segunda-feira, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse estar confiante que cidades, estados e empresas dos EUA "continuarão a demonstrar visão e liderança, trabalhando para o crescimento econômico resiliente e de baixo carbono que criará empregos de qualidade", segundo posicionamento divulgado por porta-voz.>
"É fundamental que os Estados Unidos continuem sendo líderes em questões ambientais", afirmou. "Os esforços coletivos do Acordo de Paris fizeram a diferença, mas precisamos ir muito mais longe e mais rápido juntos.">
Já Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, criticou os atos do governo Trump. "Embora fosse algo já esperado, pelo que defendeu na campanha presidencial, vejo com enorme preocupação o anúncio de que o presidente pretende acabar com o Green New Deal, tirar os EUA do Acordo de Paris, retomar a indústria automotiva norte-americana sem dar prioridade para carros elétricos e valorizar o uso de combustíveis fósseis", afirmou, em nota na noite da segunda-feira.>
"Resta trabalhar para que a governança climática, hoje mais madura e robusta do que no primeiro governo Trump, crie anteparos para evitar avanços da força gravitacional negacionista, que já inflaciona decisões políticas e empresariais na direção oposta de compromissos firmados anteriormente", destacou ainda.>
Com a decisão de Trump, os EUA voltarão a ser o único país que já saiu do acordo. A outra retirada americana ocorreu em 2017, no primeiro mandato do republicano. No planeta, além dos EUA, apenas outros três países não integram o pacto, Irã, Líbia e Iêmen - esses, porém, nunca firmaram o texto. >
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