Publicado em 30 de setembro de 2024 às 11:59
- Atualizado há um ano
A indústria automotiva brasileira divulgou um levantamento sobre "descarbonização" em que afirma que a venda de veículos leves híbridos e totalmente elétricos no país poderá superar os emplacamentos de modelos somente a combustão em 2030. O levantamento foi realizado pelo Boston Consulting Group, a pedido da associação de montadoras Anfavea, ao longo do primeiro semestre deste ano, ouvindo agentes do setor, representantes governamentais e consumidores, afirmou a entidade.>
O estudo afirma que os veículos eletrificados (híbridos e elétricos) poderão somar mais de 90% das vendas de novos no Brasil em 2040. Atualmente, os veículos leves eletrificados respondem por pouco mais de 7% das vendas de novos no Brasil. A pesquisa foi realizada em um momento em que grupos chineses como BYD e GWM importam grande volume de veículos eletrificados ao país, em meio a uma estratégia de início de operação de fábricas locais.>
Enquanto isso, outros como a também chinesa Zeekr preparam entrada no país, ao passo que montadoras locais seguem lentas na adoção da eletrificação apesar de rápidos avanços de suas matrizes no exterior.>
Na categoria veículos pesados, que reúnem caminhões e ônibus, as vendas do que a Anfavea chama de "novas tecnologias de propulsão" podem representar 60% do mercado em 2040. "Em aplicações como ônibus urbanos, as versões elétricas podem ultrapassar 50% já em 2035", afirmou a entidade.>
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Segundo o levantamento, atualmente, o setor automotivo emite 242 milhões de toneladas de gás carbônico por ano, o que representa cerca de 13% das emissões totais do poluente no Brasil. Se o ritmo atual de crescimento for mantido, as emissões de CO2 poderão atingir 256 milhões de toneladas em 2040.>
Mas o estudo afirma que as emissões acumuladas entre 2023 e 2040 poderão ser reduzidas em 281 milhões de toneladas de CO2 por meio da "combinação de esforços" entre novas tecnologias e aplicação de biocombustíveis.>
"O Brasil tem grande potencial para combinar tecnologias automotivas inovadoras com a força dos biocombustíveis", afirma Masao Ukon, diretor executivo do segmento automotivo do BCG para América do Sul.>
"Este avanço está condicionado ao desenvolvimento de um ecossistema envolvendo fornecedores, infraestrutura de recarga, produção e distribuição de energia e biocombustíveis", acrescenta o executivo em comunicado à imprensa.>
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