Publicado em 17 de outubro de 2024 às 19:00
- Atualizado há um ano
A GWM definiu uma nova data para início da produção em Iracemápolis (interior de São Paulo). Os primeiros carros devem ser montados em maio de 2025 -o atraso é de um ano em relação à previsão original. Embora mantenha bons resultados na venda de seus modelos importados, a empresa chinesa encontrou dificuldades para estabelecer um cronograma no Brasil.>
A compra da fábrica, que pertencia à Mercedes-Benz, foi anunciada em agosto de 2021. Na época, a montadora asiática anunciou um investimento de R$ 10 bilhões no país, que deve se estender até o fim desta década.>
Os automóveis importados chegaram em março de 2023: foram os SUVs Haval H6, oferecidos em diferentes versões híbridas. Esses veículos, entretanto, não seriam os primeiros produzidos localmente. A ideia original era iniciar com a montagem da picape média Poer, em maio de 2024.>
A confirmação do retorno gradual do imposto de importação fez a GWM rever os planos. Em dezembro de 2023, a empresa anunciou que o primeiro veículo produzido seria o Haval H6, que já mostrava alto potencial de venda. Três meses depois, a montadora chinesa disse que a linha de montagem começaria a operar apenas no segundo semestre de 2024.>
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Em junho de 2024, houve uma nova revisão de datas. A fabricação teria início apenas no primeiro semestre de 2025. Havia a expectativa de que os carros já fossem híbridos flex, mas essa tecnologia deve chegar apenas em 2026.>
Segundo executivos envolvidos na implementação da linha de montagem, os chineses seguraram ao máximo os investimentos na conversão de seus veículos para o etanol. Pode parecer simples, mas é necessário desenvolver componentes junto a fornecedores, além de adaptar as motorizações que originalmente foram calibradas para a gasolina. A corrosão é um dos problemas a ser contornado.>
Na conta da matriz, não valeria a pena gastar tanto para adaptar os carros a um combustível que é menos usado no país os carros flex são abastecidos com gasolina na maior parte dos estados, devido à relação custo-benefício.>
As equipes brasileiras convenceram os chineses da importância do etanol no processo de descarbonização e do potencial do derivado da cana se tornar mais atraente do ponto de vista econômico no médio prazo. Contudo, a tecnologia só deve estar disponível em 2026.>
Com isso, há o risco de perda de espaço no mercado com a chegada de novos modelos híbridos flex. Volkswagen, Honda, Toyota e Stellantis já confirmaram lançamentos, que chegarão às lojas ainda antes de a GWM começar a montar seus carros no país.>
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