Dia Nacional da saúde: veja 5 hábitos para ter na vida

É preciso  realizar hábitos saudáveis que vão contribuir para o bom funcionamento de todo o organismo e para o bem-estar

Dia Nacional da saúde: alimentação saudável

Ter uma alimentação balanceada rica em frutas, verduras e legumes é fundamental para manutenção da saúde. Crédito: Shutterstock

Você tem se alimentado corretamente, praticado atividade física e dormindo bem? Se a resposta é sim, você está no caminho correto quando o assunto é o cuidado com a saúde.

E hoje (5) é comemorado o Dia Nacional da Saúde, com o objetivo de reforçar a importância da saúde para melhorar a qualidade de vida, o que não quer dizer apenas estar livre de doenças, mas também realizar hábitos saudáveis que vão contribuir para o bom funcionamento de todo o organismo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), “saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social”. 

Não é à toa que as doenças decorrentes do estilo de vida, como obesidade, diabetes, hipertensão e até câncer, figuram entre as principais causas de morte em todo mundo. Uma tendência recente da área médica propõe uma maneira diferente de se enxergar o paciente: a Medicina do Estilo de Vida. “A Medicina do Estilo de Vida tem como finalidade cuidar do paciente de forma global, mudando seus hábitos para não apenas tratar, mas, principalmente, para prevenir doenças. É uma maneira de fornecer ao paciente ferramentas para a mudança de seus hábitos”, explica a cirurgiã plástica Beatriz Lassance, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).

Com o aumento significativo da expectativa de vida do brasileiro nos últimos anos, de 72,8 anos para os homens e de 79,9 para as mulheres, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE 2018), aumentou também a preocupação com o envelhecimento saudável. De acordo com a geriatra Márcia Umbelino, quanto mais cedo o indivíduo inicia os cuidados como alimentação saudável, suplementação e prática de hábitos saudáveis, mais chances essa pessoa terá de manter-se saudável mesmo com o avançar da idade.

O conceito de medicina preventiva surgiu no século 20 para alterar a prática médica, que antes tinha como foco apenas tratar as doenças. A especialidade tem como objetivo evitar o desenvolvimento de patologias, assim como reduzir os impactos de problemas na saúde dos pacientes e oferecer melhor qualidade de vida para aqueles que estão realizando algum tipo de procedimento terapêutico.

Por isso, é fundamental investir na prevenção e no acompanhamento da saúde desde a juventude, permitindo a descoberta e o tratamento de certos riscos. A medicina preventiva pode, portanto, cuidar de todos os integrantes da família, do mais jovem ao adulto. “Precisamos desmistificar a geriatria. É uma especialidade que tem como foco a qualidade de vida como um todo. Isso inclui não só os aspectos físicos da saúde, como também emocionais e psíquicos”, explica a médica.

Ele cuida o corpo de forma completa, e não apenas de algumas partes, como acontece com as demais especialidades. Mas pouco podemos fazer em casos avançados de doenças degenerativas como Parkinson e Alzheimer, por exemplo. Mas é possível prevenir que elas apareçam, mesmo em casos de pessoas com marcadores genéticos

PREVENÇÃO

Segundo a cirurgiã vascular Aline Lamaita, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, a Medicina do Estilo de Vida é baseada em seis pilares — alimentação, controle do stress, prática de atividade física, deixar o tabagismo, qualidade de sono e relações interpessoais — e é destinada a todas as faixas etárias. “Já é cientificamente comprovado que até mesmo octogenários podem se beneficiar de mudanças no estilo de vida. A incidência do Alzheimer, por exemplo, diminui em 54% com a prática de atividades físicas três vezes por semana durante 30 minutos, independentemente da idade do paciente”, diz.

O melhor é que a Medicina do Estilo de Vida não atua apenas na prevenção das doenças, mas também no tratamento. Sabe-se que com mudanças de estilo de vida é possível não apenas prevenir, mas também reverter grande parte das doenças

E não é preciso esperar algo acontecer para começar a mudar seus hábitos. Que tal dar o pontapé inicial nas mudanças em seu estilo de vida e melhorar sua saúde? Confira abaixo as dicas das especialistas. 

Veja 5 hábitos para ter na vida

  1. Alimente-se corretamente: a adoção de uma alimentação balanceada rica em frutas, verduras e legumes é fundamental para manutenção da saúde. “O ideal é apostar nos alimentos in natura e em preparações preferencialmente caseiras, priorizando as proteínas de alto valor biológico (carnes, ovos e leguminosas), os ácidos graxos ômega-3 (peixes de água fria e sementes oleaginosas), vitamina C (frutas cítricas e vegetais verde escuro), polifenóis (vegetais pigmentados e frutas de coloração avermelhada) e carotenoides (vegetais amarelos, alaranjados e vermelhos como abóbora, cenoura e tomate)”, aconselha a médica nutróloga Marcella Garcez. Além disso, evite o consumo excessivo de gorduras ruins, frituras, sal e açúcar. Mas tenha certeza também de comer o que te dá prazer. Se você não gostar de comer, dificilmente vai conseguir aderir a mudanças de hábitos. 

  2. Pratique exercícios: é comprovado que exercícios físicos podem prevenir uma infinidade de doenças e até reverter casos de diabetes tipo II, hipertensão e depressão. “O ideal então é realizar semanalmente 150 minutos de exercícios físicos de intensidade moderada. Mas qualquer atividade já pode trazer benefícios, como aumentar o número de passos por dia e subir escadas”, diz a médica Beatriz Lassance.

  3. Pare de fumar: de acordo com Beatriz Lassance, além de 80% dos cânceres de pulmão ocorrerem em fumantes, o tabagismo também está associado a uma série de outros problemas, incluindo o envelhecimento precoce da pele e o tromboembolismo. Por isso, o ideal é deixar o cigarro de lado. A médica nefrologista e intensivista Caroline Reigada, explica que cada vez que você inala a fumaça do cigarro, sua frequência cardíaca e sua pressão arterial aumentam temporariamente. “Seu coração tem que bater mais forte e mais rápido do que o normal. Os níveis de colesterol também ficam fora de controle, já que a fumaça do cigarro aumenta os níveis de LDL, ou colesterol ‘ruim’, e de uma gordura no sangue chamada triglicerídeos. Isso faz com que uma placa de gordura se acumule em suas artérias, aumentando o risco de ataques cardíacos”, explica a médica. O tabagismo também é um dos principais fatores de risco que podem levar à doença renal terminal. 

  4. Durma bem: o ideal é dormir entre sete a oito horas de forma consistente. Fugir desses valores é colocar a saúde em risco. “Temos evidências extensas de que dormir cinco horas ou menos aumenta consistentemente o risco de condições adversas à saúde, como doenças cardiovasculares e até longevidade. Além disso, esse período é indispensável para a reparação do organismo e é importante para o bom funcionamento do sistema imunológico", explica Aline Lamaita. “E se mesmo após 7 ou 8 horas de sono os sintomas forem de cansaço e sonolência pode ser que a qualidade esteja ruim. Então, uma dica para melhorar o sono é evitar equipamentos eletrônicos uma hora antes de dormir, pois a luz azul emitida por esses aparelhos interfere na qualidade do sono”, alerta Beatriz Lassance.

  5. Socialize: De acordo com a Aline Lamaita, existe uma extensa literatura médica comprovando que relações interpessoais possuem grande influência sobre a saúde do paciente. “Ou seja, mantenha por perto as pessoas que você gosta, mesmo que seja pela internet”, afirma. Uma rica rede social ajuda a reduzir o estresse e a ansiedade, combate a depressão e aumenta a estimulação intelectual. E as pessoas não são a única fonte de relacionamentos. A companhia de animais provou ser igualmente boa para a saúde. “Animais de estimação fazem as pessoas se sentirem bem, mas o mais importante, seu animal favorito pode torná-lo saudável e ajudá-lo a permanecer assim. Eles podem nos acalmar, aumentar nossa imunidade, melhorar nossa saúde cardíaca, nos manter em movimento e melhorar nossa vida social”, finaliza a médica.

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