Publicado em 13 de maio de 2022 às 19:23
Pesquisadores australianos identificaram um marcador bioquímico no sangue que pode ajudar a identificar bebês recém-nascidos que correm o risco de Síndrome de Morte Súbita Infantil (SMSI). >
No estudo, bebês que morreram de SMSI tinham níveis menores de uma enzima chamada Butirilcolinesterase (BChE) pouco depois do nascimento, disseram os pesquisadores. Como mostra o site americano de notícias científicas IFL Science, a BChE é conhecida por desempenhar um papel vital na região do cérebro responsável pela excitação. Os pesquisadores afirmam que uma deficiência da enzima provavelmente reduz a capacidade da criança acordar ou responder ao ambiente externo, aumentando o risco de morte súbita.>
As descobertas foram publicadas em 6 de maio na revista científica eBioMedicine. O estudo foi liderada pela pesquisadora Carmel Harrington, que perdeu o filho para a síndrome há 29 anos e, desde então, dedica a sua carreira para descobrir uma causa para esse trágico problema infantil.>
“Um bebê aparentemente saudável dormindo e que não acorda é o pesadelo de todos os pais e, até agora, não havia absolutamente nenhuma maneira de saber qual bebê sucumbiria. Mas não é mais o caso. Os bebês têm um mecanismo muito poderoso para nos avisar quando não estão felizes. Normalmente, se ele é confrontado com uma situação de risco de vida, como dificuldade para respirar durante o sono porque está de bruços, acorda e chora. O que esta pesquisa mostra é que alguns bebês não têm essa mesma resposta para a excitação”, explica. >
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Usando manchas de sangue seco coletadas no nascimento, dentro de um programa de triagem neonatal, a equipe de Harrington comparou níveis de BChE em 26 bebês que posteriormente morreram de SMSI, 41 que morreram de outras causas e 655 que sobreviveram.>
Também conhecida como “morte do berço”, a Síndrome da Morte Súbita Infantil afeta inesperadamente um bebê aparentemente saudável com menos de 1 ano.>
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