Publicado em 21 de junho de 2023 às 13:56
Nesta quarta-feira, dia 21, tem início o inverno e também é o Dia Nacional de Controle da Asma, doença crônica das vias aéreas que atinge 20 milhões de brasileiros, crianças e adultos, e que piora nesta estação do ano. A doença caracteriza-se pela inflamação e estreitamento das vias respiratórias, o que impede a passagem do ar e dificulta a respiração. Não tem cura, mas o diagnóstico precoce pode melhorar muito a qualidade de vida dos pacientes.>
A doença pode causar falta de ar e dificuldade para respirar, sensação de aperto ou pressão no peito, respiração curta e rápida, chiado no peito e tosse. Os sintomas pioram à noite e nas primeiras horas da manhã ou em resposta à prática de exercícios físicos, à exposição a alérgenos, à poluição ambiental e a mudanças climáticas, e podem desencadear outros quadros, como insônia, fadiga diurna, redução dos níveis de atividade. >
Vários fatores ambientais e genéticos podem gerar ou agravar a asma. Entre os aspectos ambientais estão a exposição à poeira e barata, aos ácaros e fungos, às variações climáticas e infecções virais (especialmente o vírus sincicial respiratório e rinovírus, principais agentes causadores de pneumonia e resfriado, respectivamente). "Para os fatores genéticos, destacam-se o histórico familiar de asma ou rinite e obesidade, tendo em vista que pessoas com sobrepeso têm mais facilidade de desencadear processos inflamatórios, como a asma", explica a médica especialista em alergia e imunologia, Juliana Salim, da Reuma.>
Segundo o DATASUS, o banco de dados do Sistema Único de Saúde (SUS), ligado ao Ministério da Saúde, ocorrem no Brasil, em média, 350 mil internações anualmente. A asma é a terceira ou quarta causa de hospitalizações pelo SUS (2,3% do total), conforme o grupo etário considerado. Felizmente, vem-se observando uma queda no número de internações e mortes por asma no Brasil. Em uma década, o número caiu 49%.>
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A médica conta que não existe qualquer exame clínico prévio para descobrir a pré-disposição asmática, por isso, lembrar-se do histórico familiar continua sendo a maneira mais eficiente de lidar com a doença. "O diagnóstico é baseado na avaliação do quadro clínico do paciente e num procedimento simples e não-invasivo chamado de espirometria, que mede a velocidade e a quantidade de ar que a pessoa é capaz de colocar para dentro e fora dos pulmões. Vale lembrar que, como o diagnóstico não é tão simples, os médicos costumam desconfiar de asma após quatro episódios seguidos de crise". >
Existem tratamentos que ajudam no controle e alívio dos sintomas, além de amenizar os momentos de crise. "A maioria dos pacientes com asma é tratada com dois tipos de medicação: a chamada controladora ou de manutenção, que serve para prevenir o aparecimento dos sintomas e evitar as crises de asma; e a de alívio ou de resgate, que serve para aliviar os sintomas quando houver piora da asma", diz Juliana Salim. Para a asma grave, os imunobiológicos, que são remédios de última geração, têm se tornado um dos grandes aliados, como forma de complemento ao tratamento tradicional, se mostrando bastante eficazes.>
Os exercícios físicos são bem-vindos para os asmáticos. Eles contribuem diretamente para melhorar a resistência pulmonar. "A natação, em especial, fortalece a musculatura respiratória. Contudo, é importante realizar acompanhamento médico para verificar se determinada prática é adequada ao tratamento, para evitar episódios de crise durante a prática de exercício", finaliza a médica.>
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