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Publicado em 8 de outubro de 2025 às 15:49
Aos 40 anos, Filipe Ret é a prova de que só evolui com o passar do tempo. O carioca chega a Vitória, neste sábado (11), trazendo sua nova turnê "Nume" para a Fazendinha. Mas antes do show - que promete ser emblemático - no ES, Ret conversou com HZ e resumiu o que os capixabas podem esperar. E muito mais!>
O capítulo em terras capixabas integra a rota que passa por 22 cidades. Sobre o show, Ret fala em “armação nova”: banda redesenhada, músicos novos, dinâmica de melodias e arranjos mais plurais - sem abrir mão da conexão direta com o público. >
O set prioriza o universo de “Nume” (2024) e “Nume Epílogo” (2025), misturando hits recentes com momentos de flow e cantabilidade que marcaram a FRXV (a turnê de 15 anos que passou por 140 cidades e reuniu 2 milhões de pessoas).>
Entre a adrenalina do palco e a disciplina de estúdio, Filipe Ret descreve uma virada de chave: menos vaidade, mais propósito. Aos 40, o rapper diz que o trabalho ganhou densidade e direção. E isso não é só para empilhar números, mas para cravar sentido na própria trajetória e na cena.
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“Cada vez mais eu tenho consciência da minha relevância e importância. Trabalho hoje para o ‘Ret’ dez vezes mais do que eu trabalhava há dez anos. Então cada vez mais a minha vida é isso. Trabalho para deixar um legado, para deixar a minha marca na história do rap, na história da música. Hoje é muito mais pelo legado, pela satisfação e por fazer alguma coisa relevante para a sociedade”.>
O cantor também tem atuado nos bastidores, de olho em quem chega, “sem se prostituir no mercado” e elevando a régua da cena. Arrependimentos? Poucos: “Talvez meu primeiro disco tivesse menos faixas - lancei 15 sem feat, hoje lançaria 10. Mas valeu”.>
As referências passeiam por gerações e gêneros: Marcelo Falcão, D2, Charlie Brown Jr., Gabriel o Pensador; no funk (que ele enxerga como rap), Catra, Claudinho & Buchecha, Marcinho. Fora do rap, estão sempre por perto Tim Maia, Jorge Ben e Bob Marley.>
E Ret ainda deu sua opinião em um gigante duelo gringo: Drake x Kendrick Lamar. “O que a galera não imagina que eu escuto, por exemplo, é que gosto mais do Drake do que do Kendrick. É que nessa briga aí, claro que teve um contexto, mas eu sou do time do Young Thug, que tem defendido o Drake. Estou na visão com ele de o Drake é muito maior”, disse. >
Lançados em novembro de 2024 (“Nume”) e julho de 2025 (“Nume Epílogo”), os trabalhos formam um projeto autorreflexivo que fecha a segunda trilogia iniciada em “Imaterial” (2021) e “Lume” (2022). No conjunto, são 21 faixas autorais, 2 remixes e 5 participações especiais, com mais de 300 milhões de execuções nas plataformas e 9 certificações - incluindo três de Platina (para o álbum e os singles “Acima de Mim Só Deus” e “Da Onde Eu Venho”).>
No rastro da turnê, vem aí o registro ao vivo de “Nume” no projeto Sonastério: quatro faixas já saíram e outras oito completam o pacote antes do lançamento do álbum ao vivo no Spotify. “Temos que saber estudar e elevar o nível, a nossa régua. É como se fosse um amante de futebol e querer que o campeonato seja bom”. >
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