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Publicado em 14 de outubro de 2025 às 13:11
Aos olhos de Andréia Horta, Zenilda é o centro de gravidade da família Ferretti em Três Graças. “Ela é a coluna vertebral dessa família”, resume a atriz, ao apresentar a advogada que nunca exerceu a profissão, casada há 25 anos com Santiago Ferette (Murilo Benício) e mãe de dois filhos. Além disso, a personagem é traída pela melhor amiga, Arminda (Grazi Massafera), e seu marido. >
HZ conversou com Andréia para entender um pouco mais da sua personagem da nova novela das 21h, da TV Globo. De origem humilde, Zenilda (Andréia Horta) ascende socialmente após o casamento e se dedica integralmente à casa, um apartamento de alto padrão próximo ao centro financeiro de São Paulo.>
A novela parte de um ponto em comum entre suas protagonistas: todas engravidaram muito jovens. “A gravidez precoce é um dos temas centrais. As ‘três graças’ passaram por isso aos 15 anos. A Zenilda um pouquinho mais, aos 20”, explica Andréia. >
Para ela, a personagem conversa com diferentes realidades. “Ela conecta com todas as classes sociais. O motivo é a importância que a instituição da família tem na nossa cultura. É uma mulher que optou por não cuidar de uma profissão ou de algo que fosse importante só para ela. Foi cuidar da família”.>
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Embora admire o marido Santiago Ferette (Murilo Benício) e se orgulhe do que construíram, Zenilda vive numa zona de sombra afetiva.>
“Ela acredita no amor de Ferrette, mas chega a desconfiar de que ele possa viver uma história paralela, porque muitas vezes chega cansado em casa ou já jantou fora. Procura não pensar nisso e jamais passa pela sua cabeça que ele possa ter um caso com sua melhor amiga”, diz Andréia, referindo-se à amizade de infância com Arminda. >
Se o presente é regido pela casa, o futuro acena com mudança: “Advogada que não exerceu a profissão para se dedicar integralmente à família, mas, agora, com os filhos criados, começa a desejar trabalhar”, antecipa Andréia.>
Questionada sobre pontos de encontro com a personagem, Andréia ri e admite: “Em certa medida, sim. Diferente da Zenilda, a minha profissão foi a senhora da minha vida. Eu trabalho muito desde muito jovem. Mas eu sou uma pessoa que cuida da minha casa, eu sei o preço das coisas, eu vou ao mercado, sei o que será servido no almoço, onde precisa ser limpo. Então, sim, tem um pouco de Zenilda em mim”.>
Para além do luxo do endereço e da ascensão, Zenilda é um retrato familiar: a mulher que segura as pontas, costura relações e só agora tenta costurar a si mesma. “Existe Zenilda em todas as classes sociais”, reforça Andréia. Em Três Graças, essa costura passa por escolhas, silêncios e um desejo recém-desperto de retomar a própria história.>
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