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Publicado em 28 de fevereiro de 2022 às 09:00
A fim de se deliciar com um bom vinho capixaba? Saiba que a região Serrana do Espírito Santo é referência na produção da bebida. Entre os lugares de destaque, está Victor Hugo, distrito de Marechal Floriano, que compõe a rota das principais vinícolas da região. São diversos vinhos produzidos com uvas de vários tipos para encantar o turista que aprecia a bebida.>
O produtor Sereno Rubert diz que os capixabas são grandes consumidores de vinho a nível nacional. “É comprovado que o capixaba é o segundo maior consumidor de vinho per capita do Brasil, só perdendo para o Rio Grande do Sul", diz o empresário.>
A vinícola Gardin Rubert, localizada do Km 71 da BR 262, de propriedade de Rubert, planta oito tipos diferentes de uvas. Segundo o empresário, a variedade da fruta reflete no resultado da qualidade final do vinho. Há uvas comuns, chamadas americanas, e híbridas, que oferecem um padrão superior do produto. >
“Nós temos uvas boas, mas de variedades mais comuns. Elas são chamadas de uvas americanas, que são mais resistentes. Temos também as uvas híbridas, que se adaptam bem e dão ao vinho um padrão um pouco acima”, conta.>
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Sereno é descendentes de italianos e desde criança costumava acompanhar o pai na produção caseira da bebida. “Todo imigrante traz essa cultura do vinho. Meu pai fazia a bebida para consumo próprio, apenas para a família”, revelou. >
Apesar de quase não ser o mais utilizado, um dos métodos mais antigos e eficazes de se fazer vinho é a tradicional "pisa da uva". O nome traduz literalmente o procedimento, no qual a fruta é colocada em bacias e esmagada através de pisadas. O produtor diz que ele e o irmão carregam boas memórias da 'pisa' na infância. >
“Meu pai me colocava a gente para esmagar. Isso acaba marcando no consciente e tenho boas memórias dessa época”, contou Sereno. Apesar do método parecer anti-higiênico, é utilizado um sanitizante antes de começar a pisar na fruta. Além disso, a fermentação, que é o próximo passo, extermina insetos e bactérias que possam estar presentes no recipiente.>
Algumas vinícolas no exterior ainda mantém a técnica para esmagar a uva. Segundo o empresário, a explicação para o sucesso da pisa é o fato de geralmente extrair mais cor e aromas. Entretanto, nos tempos atuais, a maior parte dos produtores utilizam máquinas com a mesma função para conseguir dar conta da demanda.>
A prensagem da uva é a etapa inicial na produção do vinho. Uma vez esmagada, o próximo passo é a fermentação, que acontece em um tanque por sete dias. Nesse período, um instrumento chamado refratômetro ajuda a controlar o nível de açúcar e álcool.>
Além de circular pelos parreirais, os visitantes da vinícola ainda podem conhecer uma adega subterrânea, que é projetada para ter uma boa altura e ausência de claridade. A experiência imersiva é um dos pontos altos do passeio pelo empreendimento de Sereno.>
O tour conta ainda com uma parte deliciosa, a degustação. A apreciação da bebida é explorada de forma leve e cultural pelos turistas. Cabe ressaltar que, para ter a experiência com a "pisa da uva", é preciso agendar com antecedência. Os demais visitantes podem fazer a visita de quarta a domingo, das 10h às 17h. >
E para a vivência ficar ainda melhor, dá para se hospedar ao lado da vinícola. Cabanas - que levam os nomes das uvas - foram instaladas para quem quiser continuar explorando o mundo dos vinhos com conforto e em contato com a natureza. >
O turista Wesley Bastos decidiu ir junto com o filho Bernardo passar um dia em uma das cabanas. "Achei um momento legal para a gente criar memórias de pai e filho. Decidimos aproveitar o lugar e o momento, nos permitindo uma recordação", complementa.>
*Com informações de Luanna Esteves, repórter do programa "Em Movimento", exibido aos sábados pela TV Gazeta>
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