Publicado em 21 de maio de 2024 às 15:12
Foi apresentado, nesta segunda-feira (20), um projeto que visa transformar trechos desativados da Ferrovia Leopoldina em atrativos turísticos multifuncionais. Elaborado pela Secretaria do Turismo (Setur), o Projeto Conceitual de Utilização do Espaço da Ferrovia Leopoldina conta com opções gastronômicas e culturais.>
A proposta, divulgada pelo secretário de Estado do Turismo, Philipe Lemos, mostra a possibilidade de implementar mirantes, ciclovias, trilhas, museus, feiras, centros culturais, entre outros (confira a lista completa no final da matéria). Além disso, o projeto conta com vagões bistrô, que pretende converter vagões inativos em estabelecimentos de gastronomia, promovendo a culinária local e produtos regionais.
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Em 2023, municípios do Espírito Santo uniram-se em uma reivindicação ao governo federal para a doação das áreas de domínio da ferrovia, citando abandono e atos de vandalismo. A malha ferroviária no Estado, com uma extensão de 257 quilômetros, atravessa 11 municípios: Vila Velha, Cariacica, Viana, Domingos Martins, Marechal Floriano, Alfredo Chaves, Vargem Alta, Cachoeiro de Itapemirim, Atílio Vivácqua, Muqui e Mimoso do Sul. >
O secretário Philipe Lemos enfatizou a importância do projeto: "São mais de 250 quilômetros de trilhos que passam por 11 municípios. O objetivo é reutilizar esses espaços para o empreendedorismo, cultura e turismo. Vamos levar um ofício ao ministro dos Transportes, Renan Filho, assinado pelo governador Renato Casagrande, por mim e pelos prefeitos, solicitando a devolução da ferrovia para os municípios”. >
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Agora o projeto segue para as seguintes fases: diagnóstico, análise da infraestrutura existente, avaliação socioeconômica e identificação de trechos com potencial turístico. Estudo de viabilidade: análise de mercado, perfil do turista, estimativas de custos e viabilidade técnica. Consolidação das propostas: obras de recuperação, restauração de estações e reforma de vagões. E manutenção: prefeituras serão responsáveis pela manutenção dos espaços recuperados e pelo desenvolvimento de atividades turísticas variadas. >
A Estrada de Ferro Leopoldina tem uma rica história que remete a 1856, quando teve início em Minas Gerais, expandindo-se posteriormente para o Espírito Santo e o Rio de Janeiro. Durante décadas, a ferrovia desempenhou um papel crucial no desenvolvimento econômico e social das regiões que atravessava. Privatizada em 1990, parte de suas linhas foram incorporadas pela Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) e, mais tarde, pela VLI. Contudo, desde 2017, a ferrovia encontra-se abandonada, com operações suspensas e infraestrutura deteriorada. >
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