Moda nos anos 1970 e 1980, bigode voltou e ganha adeptos no ES

Com estilos e versões diferentes, bigode pode embelezar rosto dos homens mais experientes e também dos mais jovens

O bigode está na moda novamente e já tem adeptos no ES

O bigode está novamente em moda e tem adeptos no ES. Crédito: Mila Soares/Arquivo Pessoal

É comum itens da moda voltarem a ser sucesso depois de um tempo. Essa necessidade de se reinventar é constante não só no universo feminino, mas também no masculino. Exemplo disso são as pochetes - que ganharam novas versões como shoulder bags - e o corte mullet, famoso na década de 1980. Mas agora a bola da vez é outra: o bigode.

Ao longo da história, ele fez parte do rosto do homem em diversos momentos. Não é difícil encontrar em livros do passado figuras como reis, nobres e até plebeus que gostavam de exibir esse estilo. Andando mais um pouco no tempo, os bigodudos voltaram a aparecer nas décadas de 1970 e 1980. Já nos anos 1990 e início dos anos 2000, eles deram uma sumida dos salões de beleza.

Sabemos que a moda é cíclica, vai e volta. Nesse âmbito, temos que concordar - ou olhar para o lado - que o tal do bigode está mais vivo que nunca. No Espírito Santo é possível encontrar esse "pedaço" do rosto masculino em diversas versões: fininho, cheio, volumoso, longos, curtos, com barba, sem barba, vintage, retrô e até com pontas torcidas - chamados de handlebar.

"Os estilos que os clientes mais procuram são o mustache ou handlebar, que têm pontas curvadas, o chevron, que é mais cheio, e o bigode fino. Inclusive, o chevron está voltando com tudo por ter essa pegada mais volumosa e chamativa", destacou o barbeiro Everton Francisco Narcizo, da barbearia Euro Barbershop.

Caio Castro já aderiu o bigode

Caio Castro já aderiu o bigode estilo chevron. Crédito: Reprodução/Instagram/@caiocastro

Talvez alguns desses adeptos estejam mais parecidos com seus pais. O bigode não é mais atrelado aos homens mais experientes. São os jovens que crescem nessa tendência e apostam cada vez mais em estilos inovadores dos pelos em baixo do nariz.

O capixaba Dônorky Diniz é um dos novos bigodudos do pedaço. Aos 23 anos, contou a HZ que decidiu apostar no estilo handlebar.

"Escolhi deixar o bigode porque é um clássico. Além de ser um estilo fora do convencional, também traz um ar sério, impõe respeito e é divertido (risos). Aproveitei o período de férias para aderir e agora faço a manutenção para manter sempre alinhado. Uso pomada e pente próprio, sempre conferindo se está bem certinho. Pretendo deixar crescer mais para se tornar parte da minha identidade"

"Escolhi deixar o bigode porque é um clássico. Além de ser um estilo fora do convencional, também traz um ar sério, impõe respeito e é divertido (risos). Aproveitei o período de férias para aderir e agora faço a manutenção para manter sempre alinhado. Uso pomada e pente próprio, sempre conferindo se está bem certinho. Pretendo deixar crescer mais para se tornar parte da minha identidade"

Dônorky Diniz

O barbeiro Lynncon Mariano, de 26 anos, contou que a demanda de jovens pedindo para ajustar o bigode aumentou bastante no Estado. Segundo o profissional, que atua na barbearia QG, em Vitória, tem adolescentes que estão aderindo à moda mesmo não tendo tantos pelos. Vale de tudo para ficar estiloso.

"Cresceu muito a procura. Seja pelo fato de parecer mais velho ou pelo estilo. Nos jovens é assim: um vai inspirando outro. Você vê um menino mais novo que mal tem bigode e está querendo deixar o pouco que tem (risos). A gente faz muito no modelo fino, que é mais focado no estilo. Da mesma forma que os penteados antigos voltam, os bigodes também voltaram", contou.

TENDÊNCIAS

Em um mundo onde a calvície já foi - talvez ainda seja - umas das maiores preocupações do homem, ter pelos em dia e aparados também é um ponto de atenção. A cultura da barba é um exemplo dessa mudança positiva em relação aos cuidados com a higiene e também a estética masculina. É aí que o bigode entra na história mais uma vez. Ele é popular e flexível, se adapta e transforma até a autoestima.

Ao abraçar essa expressão facial clássica desde os 20 anos, o artista capixaba Ferna destaca seu bigode como marca registrada. Segundo ele, existe um toque de nostalgia e mistério, ou seja, oferece uma maneira única de se destacar. Não é apenas um acessório estilístico, mas uma forma de passear pelas possibilidades de autoexpressão.

O artista Ferna é um dos adeptos do bigode

O artista Ferna é um dos adeptos do bigode. Crédito: Mila Soares

"O bigode se tornou minha marca registrada. Seu retorno pode ser atribuído a uma combinação de fatores, incluindo ciclos de moda, nostalgia e uma busca por individualidade. Oferece uma maneira única de se destacar e permite que pessoas personalizem seu visual de maneira distintiva", concluiu.

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