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Publicado em 14 de agosto de 2025 às 16:58
O novo filme de Fernando Coimbra, "Os Enforcados", estreia nos cinemas nesta quinta-feira (14) com um elenco de peso: Leandra Leal, Irandhir Santos e Irene Ravache. Com atuações marcantes, o trio sustenta o suspense e injeta doses de humor na trama. >
Leandra interpreta Regina, uma dondoca de luxo cuja vida vira um labirinto de paranoia, violência e corrupção depois de incentivar o marido a tomar uma decisão drástica. Inspirada livremente na icônica Lady Macbeth, personagem de Shakespeare, Regina é o centro do thriller.>
A narrativa mergulha nos bastidores sombrios do jogo do bicho no Rio de Janeiro, abordando temas sensíveis da criminalidade e da violência. Com ritmo eletrizante e reviravoltas inesperadas, o longa desafia a lógica do certo e errado, conduzindo o público a um território onde nada é exatamente o que parece.>
Carregado de 'mini' plot twists, o filme obriga o público a não tirar os olhos da tela, e isso é proposital, explica o diretor Fernando Coimbra. >
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Pergunto se o final do filme quer nos dar alguma lição de moral e, para contextualizar, mas sem entregar grandes spoilers, já adianto que não é feliz. “Olha, eu não tenho a intenção de dar uma lição ou passar uma mensagem, mas isso é algo que me atrai muito nos filmes que faço. E, nesse em especial, parte da força dele está nos personagens que são seus próprios piores inimigos. Acho que os grandes antagonistas dos protagonistas de Os Enforcados são eles mesmos”, afirma.
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E completa: “Eu sinto que, na vida, muitas vezes, os maiores obstáculos que enfrentamos são aqueles que nós mesmos colocamos no caminho, pelas escolhas que fazemos. A Regina é o melhor exemplo disso: a grande vilã da vida dela é ela própria”.>
A personagem de Leandra Leal é um show à parte. Regina, a nossa Lady Macbeth, é ambiciosa, mas também muito humana. >
“Eu gostaria que as pessoas acompanhassem a Regina, sabe? Que chegassem ao fim e pudessem dizer: ‘Cara, consegui acompanhar essa mulher, o desespero em que ela foi entrando, o beco sem saída em que se colocou. Eu entendi esse lugar. Acho que o Fernando tem isso nos filmes dele, a Rosa, em O Lobo Atrás da Porta, também estava num lugar muito sem saída. É como se sempre houvesse uma saída, mas a personagem fica cega, tomada pelo desespero'", e completou:>
"No roteiro de Os Enforcados, você vai entendendo como esse casal vai se perdendo, como vai enlouquecendo. Então, se o público terminar o filme dizendo: ‘Eu não aceito o que ela fez, mas entendi a loucura dela’, acho que já é muito.”>
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