De "One Piece" a "The Crown": 20 séries mais badaladas do ano e onde assistir

Produções se destacaram por conta da qualidade, como ‘The Last Of Us’ e ‘Succession’, mas também por conta de polêmicas, como ‘Rainha Cleópatra’ e ‘Xuxa, o Documentário’

Imelda Staunton como a Rainha Elizabeth II na 6ª temporada de The Crown, da Netflix

Imelda Staunton como a Rainha Elizabeth II na 6ª temporada de The Crown, da Netflix. Crédito: Netflix

Séries de diversos gêneros foram lançadas no Brasil e no mundo ao longo de 2023. Relembre a seguir algumas das produções mais comentadas do ano que estão disponíveis para assistir em plataformas como Netflix, Globoplay, Amazon Prime Vídeo, HBO Max, Apple TV+, Disney+ e Star+.

The Last Of Us (HBO Max)

Baseada na série de jogos de videogame de mesmo nome, a série mostra a jornada por um mundo apocalíptico protagonizada pelo durão Joel (Pedro Pascal) e a menina Ellie (Bella Ramsey). Diferentemente da maioria das séries de zumbi, o grande vilão não é um vírus, mas sim uma espécie de fungo que se espalha e causa um comportamento bizarro nos corpos de quem se hospeda. Além das cenas de ação, muitos diálogos e flashbacks se voltaram ao lado humano da história.

Xuxa, o Documentário (Globoplay)

Com a estratégia de revisitar momentos nostálgicos para boa parte do público que cresceu (ou teve filhos que cresceram) nos anos 1980 e 1990, ao mesmo tempo em que problematizava atitudes do passado, o documentário deu o que falar ao longo das semanas em que seus episódios foram sendo liberados, aos poucos. O reencontro tenso com Marlene Mattos foi marcante, mas ainda deixou questões em aberto.

Succession (HBO Max)

A série gira em torno da disputa entre os irmãos da família Roy pela sucessão de Logan Roy (Brian Cox), fundador e presidente da Waystar Toyco, uma grande empresa do setor midiático dos Estados Unidos. Apesar de ter feito sua estreia em 2018, foi somente ao longo de 2023 que sua 4.ª e última temporada foi ao ar, dando um desfecho para a história. O final foi surpreendente, e os elogiados últimos episódios consolidaram a série como uma das melhores dos últimos anos.

Os Outros (Globoplay)

A ideia de uma longa história com proporções absurdas de conflito e crimes iniciada após uma simples discussão de condomínio ganhou impacto junto a um elenco de peso, com nomes como Adriana Esteves, Milhem Cortaz, Drica Moraes e uma elogiada atuação de Eduardo Sterblitch. Produção brasileira, a série terminou com clara abertura para uma 2.ª temporada, mas ainda sem data definida ou maiores detalhes divulgados.

Black Mirror (Netflix)

Sem lançar novos episódios desde 2019, quando foram feitos apenas três, que deixaram a desejar para boa parte dos fãs, criou-se bastante expectativa para o lançamento da 6.ª temporada, em junho de 2023. Entre tramas que brincavam com o poder de plataformas de streaming, como a própria Netflix, e que remetiam a tecnologias do passado, também houve aposta em elementos do sobrenatural como lobisomens e demônios.

O último episódio, inclusive, foi categorizado como “Red Mirror”, dando a entender que pode haver mudanças ou spin-offs da franquia no futuro.

O Rei da TV (Star+ e Disney+)

Em março de 2023 estreou a 2.ª temporada da série que aborda a história de vida de Silvio Santos e supostos bastidores de seu trabalho no SBT, sua vida familiar e seus investimentos como empresário. As declarações feitas pelas filhas do apresentador - e pelo próprio - em tom de crítica à produção desde a temporada inicial ajudaram o tema a ficar em alta.

One Piece (Netflix)

A primeira adaptação da trama que fez sucesso como anime e mangá para o formato live-action gerou grande expectativa por parte dos fãs. O resultado agradou boa parte do público que já conhecia a história, e também conquistou novos admiradores.

Todo Dia a Mesma Noite (Netflix) e Boate Kiss - A Tragédia de Santa Maria (Globoplay)

Em 2023, completou-se uma década do incêndio na boate Kiss, no interior do Rio Grande do Sul, que vitimou centenas de jovens. O streaming relembrou a data com produções que contaram com ampla divulgação: uma série de ficção, no caso da Netflix, e um documentário, no caso do Globoplay.

Além do fato ainda estar presente no imaginário popular, alguns familiares de vítimas chegaram a criticar publicamente a obra ficcional, alegando que não foram consultadas para um projeto que lucrou com a tragédia que viveram, o que também aumentou a quantidade de comentários sobre a obra no início do ano.

Rainha Cleópatra (Netflix)

A série foi uma das mais comentadas no ano de 2023 não por sua qualidade, mas pela polêmica em retratar a personalidade do Egito antigo como uma mulher de pele negra. Na ocasião, diversas entidades egípcias reclamaram sobre o fato, e alguns chegaram inclusive a levar a Netflix à Justiça do país.

Entre críticas antes mesmo da estreia, defesas por parte da atriz ou da diretora da produção, e comentários nas redes sociais, a série acabou ganhando os holofotes.

Ted Lasso (Apple TV+)

A série começou com críticas muito positivas, passando por um período de baixa na temporada intermediária, mas conseguindo voltar a alguns bons momentos na 3.ª e última temporada, que chegou ao fim em 31 de maio de 2023.

Jason Sudeikis dá vida ao personagem-título, que é treinador de futebol americano, mas acaba contratado para treinar uma equipe de futebol convencional na Inglaterra. As circunstâncias tinham tudo para dar errado, mas a série revela surpresas em seu decorrer.

Jury Duty - Na Mira do Júri (Amazon Prime Vídeo)

Em formato inovador, que mistura documentário com reality show e uma grande pegadinha, um homem é colocado para fazer parte do júri que vai avaliar um crime nos Estados Unidos - porém, ele é o único que não sabe que tudo se trata de ficção.

Acompanha-se, então, as reações de Ronald Gladden, que acredita estar fazendo parte de um documentário normal, diante de tantas bizarrices que vão se acumulando ao longo dos dias. Por vezes, até o espectador fica confuso sobre o que é combinado e o que não é, com diversos bastidores interessantes sendo revelados posteriormente.

A Superfantástica História do Balão (Star+)

Lançado próximo ao documentário de Xuxa, a série também surfou na onda de nostalgia e revisita ao passado para mostrar que nem tudo era tão lindo quanto se mostrava na TV. O foco foi um reencontro entre Simony, Toby, Mike e Jairzinho, os integrantes da formação clássica do grupo infantil.

Entre lembranças boas e de clima familiar, ainda que alguns não se vissem há muitos anos, também houve críticas diretas - mas a maioria sempre focada em terceiros, dificilmente nas crianças que fizeram parte do Balão, preservando a memória que parte do público tem da época.

O Urso (Star+)

Após primeira temporada elogiada pela crítica e com indicações ao Emmy no ano passado, havia expectativa pelos novos episódios da trama que mostra os desafios de um chef de cozinha premiado mundialmente que passa a comandar a cozinha de uma lanchonete medíocre após a morte de seu irmão.

Com a mesma sintonia de elenco, a nova leva voltou a focar em dramas familiares com flashbacks e na correria para uma preparação bem feita e bem-sucedida dentro dos prazos de reinauguração do restaurante.

Elite (Netflix)

Neste caso, a série esteve entre as mais comentadas mais por conta da breve participação da cantora brasileira Anitta do que pela história em si. Atuando em espanhol, ela fez parte do elenco da 7.ª temporada (é possível assistir a alguns trechos no vídeo acima).

Uma das maiores fontes de diversão fácil com qualidade duvidosa nos últimos anos no streaming, ela conseguiu sobreviver – a que custo? – trocando de elenco, mas mantendo o principal. Isto é, sexo. Um ou outro crime. Nenhuma coerência narrativa (o que não é sempre um problema: às vezes, a gente quer ser feliz com o entretenimento bobo). E dessa vez, a ilustre participação de Anitta, em sua estreia de fato como atriz, após participações - ainda mais - pontuais em outras obras.

Cangaço Novo (Prime Video)

Dirigida por Fábio Mendonça e Aly Muritiba, Cangaço Novo retrata a violência no sertão do Ceará ao acompanhar uma gangue de ladrões de banco que domina pequenas cidades do estado.

A série é protagonizada por Ubaldo (Allan Souza Lima), um infeliz bancário de São Paulo que descobre ter uma herança e duas irmãs no sertão cearense: Dilvânia (Thainá Duarte) e a excelente Dinorah (Alice Carvalho). Foi um sucesso brasileiro e internacionalmente, liderado os rankings da Prime Video em vários países, em especial em países do continente africano.

Daisy Jones & The Six (Prime Video)

Para quem tem saudades das músicas, das roupas, dos cenários e das emoções vividas na década de 1970, Daisy Jones & The Six, minissérie do Amazon Prime Video, foi um prato cheio.

Baseada no livro best-seller de Taylor Jenkins Reid, a produção repercutiu no primeiro semestre com uma missão importante: conquistar os fãs da obra original, que teve mais de 1 milhão de cópias vendidas ao redor do mundo.

The Crown - temporada final (Netflix)

Peter Morgan tinha plena convicção de que Elizabeth 2ª ainda estaria no trono quando The Crown encerrasse sua jornada de sucesso na Netflix. Quando ela morreu, em setembro de 2022, a sexta e última temporada, cujos doze episódios finais foram divididos em duas partes no final do ano, estava praticamente toda escrita.

O criador da série de maior sucesso da Netflix, ganhadora de 21 Emmys, nunca quis que a ficção alcançasse a realidade. Ao se debruçar sobre o projeto de fazer uma série sobre a coroa britânica, em 2012, Peter Morgan tinha em mente que The Crown não chegaria até o presente - mas teve que avançar mais do que previa.

Se eu fosse Luísa Sonza (Netflix)

“Tô triste por antecipação. Quando sair o documentário, o cancelamento que vai vir…”, comenta Luísa. Essa é uma das primeiras cenas de Se Eu Fosse Luísa Sonza, série documental sobre a artista que estreou na Netflix no dia 13 de dezembro.

O dilema fica claro já nesse primeiro momento. Luísa teme todo o ódio descabido que recebe, e responde com mais exposição. É a grande questão da série e da carreira dela: o quanto disso é saudável?

Fim (Globoplay)

Fim, série que estreia no Globoplay nesta quarta-feira, 25, é rodrigueana por parte de mãe – a produção é uma adaptação do livro homônimo escrito pela atriz Fernanda Torres – e por parte de pai - ganhou direção artística de Andrucha Waddington, que não perde de foco a estética de uma tragicomédia no estilo Nelson Rodrigues, mesmo quando chega bem perto dos dias atuais.

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