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Vitória recebe 13 shows gratuitos de artistas de todas as regiões do Brasil

Formemus traz desde o carimbó contemporâneo da Amazônia ao pop tropical do Pantanal, passando por afrobeat carioca até o MPB experimental

Felipe Khoury

Repórter / [email protected]

Publicado em 17 de junho de 2025 às 15:30

As artistas Luiza Dutra, do Espírito Santo, e Aiyé, de São Paulo, foram selecionadas no Formemus
As artistas Luiza Dutra, do Espírito Santo, e Aiyé, de São Paulo, foram selecionadas no Formemus Crédito: @luizadrl/ @diegopadilha/Hannah Carvalho/@hnnhcrvlh/@hnnhcrvlhfotografia

A música feita no Brasil pulsa de mil formas. E é essa batida múltipla - cheia de sotaques, ritmos, estéticas e narrativas - que vai ecoar em Vitória entre os dias 27 e 30 de agosto, quando a cidade recebe mais uma edição do Formemus, um dos maiores festivais-conferência de música do país.

Após mais de 550 projetos inscritos, de todas as regiões brasileiras, 13 artistas, bandas e coletivos foram selecionados para os showcases, apresentações curtas que funcionam como uma vitrine potente para o mercado da música. Mas aqui o palco é só parte da história: o Formemus também é espaço de encontros, rodadas de negócio, oficinas, painéis e articulações profissionais - tudo isso em um ambiente que une formação, criação e mercado com espírito colaborativo e muita escuta.

E o melhor: tudo é gratuito e aberto ao público. Para assistir aos shows, basta chegar à área externa do Teatro Universitário da UFES, onde os showcases acontecem entre os dias 28 e 30 de agosto. Um convite para descobrir o som que está movimentando as bordas, as margens e os centros da música nacional.

Consolidado no calendário da música independente, o Formemus é uma iniciativa nascida no Espírito Santo que vem se projetando nacionalmente por seu compromisso em conectar diferentes elos da cadeia produtiva musical - da criação artística ao backstage das negociações.

Música que cruza fronteiras

A curadoria de 2025 reflete bem esse espírito: um recorte que privilegia diversidade sonora, inovação estética e força autoral. Os artistas selecionados representam tanto nomes em ascensão quanto projetos já consolidados - e todos eles têm em comum a inquietação criativa e o desejo de circular.

O lineup traz desde o carimbó contemporâneo da Amazônia ao pop tropical do Pantanal, passando por afrobeat carioca, MPB experimental, pós-punk nordestino, synthpop poético, surf punk capixaba e muito mais. Cada um dos projetos selecionados receberá ajuda de custo, hospedagem (para quem é de fora do ES) e um ensaio fotográfico profissional - além, claro, de participar das rodadas de negócio e demais ações de articulação do festival.

O grupo Maré Tardia lançou a música
O grupo Maré Tardia Crédito: Natalia Dadalto

Conheça os selecionados do Formemus 2025

  • ÀIYÉ (RJ) – Larissa Conforto mistura curimba de Umbanda, percussão afro-latina e futurismo em um projeto que já rodou o mundo e figura entre os discos mais aclamados de 2023, segundo a APCA.

  • Calorosa (MT) – Banda cuiabana que mistura lambadão, cururu, eletrônico e crítica social. Um pop tropical pantaneiro dançante e provocativo, com forte identidade regional.

  • Carla Sceno (MG) – De Viçosa para o mundo, Carla já escreveu mais de 300 canções e mescla R&B, samba e black music com potência vocal e presença de palco arrebatadora.

  • Cidade Dormitório (SE) – Pós-punk com pitadas de psicodelia e ironia social. A banda de Aracaju celebra 10 anos com novo disco e uma sonoridade afiada e urbana.

  • Klüber (PR) – Pianista e cantora curitibana, cria músicas que exploram o afeto, o político e o experimental. Uma artista que transforma performance em manifesto.

  • Luiza Dutra (ES) – Capixaba premiada, une MPB e pop com influências do R&B em seu álbum “Meu Canto”. Voz potente e sensibilidade em cada verso.

  • Maré Tardia (ES) – Do litoral de Vila Velha, a banda entrega um som sujo, direto e visceral com pegada punk e alma indie — puro sal e atitude.

  • Mombojó (PE) – Referência do indie nacional há mais de duas décadas, a banda volta aos palcos celebrando Alceu Valença com novas versões e a energia de sempre.

  • Plutão Já Foi Planeta (RN) – Com nova formação e som mais cru e roqueiro, o grupo potiguar comemora 10 anos de estrada com o frescor de uma estreia.

  • Sthelô (BA) – De Teixeira de Freitas, BA, propõe uma sonoridade que é corpo, crítica e ancestralidade. Um synthpop tropical e negro, feito para sentir e pensar.

  • Thays Sodré (PA) – Do interior do Pará para o mundo, já passou por palcos internacionais e hoje prepara novo trabalho inspirado na Amazônia, com carimbó, afeto e resistência.

  • Vozmecê (MS) – Namaria e Pedro vivem em um motorhome e criam uma música nômade, com ritmos brasileiros e sul-americanos, letras engajadas e muita estrada na bagagem.

  • Zé Bigode Orquestra (RJ) – Big band carioca com nove integrantes que misturam reggae, afrobeat e R&B com uma pegada jazzística explosiva. Puro suingue de pista.

SERVIÇO

  • Formemus 2025
Data: 27 a 30 de agosto
Showcases: 28 a 30 de agosto, em Vitória
Mais informações: www.formemus.com.br e @formemus
Contato: [email protected]
WhatsApp: (27) 99930-1103

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