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Publicado em 29 de dezembro de 2021 às 10:00
A história é capaz de gelar a espinha até dos mais corajosos. "Após sofrer um acidente de carro, o escritor Paul Sheldon, conhecido pela série de best-seller sobre a personagem Misery Chastain, é resgatado pela enfermeira Annie Wilkes. Autointitulada a principal fã do autor, Annie se revolta com o desfecho trágico de Misery, submetendo o escritor a uma série de torturas e ameaças".>
Se você refrescar a memória, relembrará que essa história macabra é a premissa de "Louca Obsessão", filme que deu o Oscar de Melhor Atriz a Kathy Bates em 1991, tornando-se um dos sucessos mais populares de Hollywood na época. Baseado na obra do mestre do horror Stephen King, o texto, consagrado na Broadway por Willian Goldman, chegará aos palcos brasileiros em 2022 com "Misery – Louca Obsessão", pelas mãos da produtora capixaba WB Produções. >
Nos palcos nacionais, entre insanidades e torturas (tanto físicas quanto psicológicas), os atores escolhidos para viver Paul e Annie são Marcello Airoldi e Mel Lisboa. A estreia acontece em 4 de fevereiro, em São Paulo, com temporada que segue até março. >
Bruna Dornellas, uma das cabeças da produtora capixaba ao lado de Wesley Telles, adianta que "Misery" deve aportar nos Espírito Santo no final de 2022. >
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"Depois de São Paulo, seguiremos para o Rio de Janeiro e ficaremos em cartaz até maio. Precisamos conciliar as agendas dos atores. O Marcelo (Airoldi) está participando de uma novela no SBT. Mel, por sua vez, começará a gravar a próxima trama das 19h da Rede Globo. Assim que eles se liberarem desses compromissos, faremos uma turnê pelo Brasil e o Estado certamente será uma das nossas prioridades", complementa. >
"Misery" teve duas montagens nacionais para o teatro. A primeira, de 1994, com o título de "Obsessão", foi dirigida por Eric Nielsen e tinha como o casal protagonista Débora Duarte e Edwin Luisi. Em 2005, foi a vez de Marisa Orth e Luís Gustavo interpretarem a peça sob o comando do espanhol Ricard Reguant. >
"É o projeto mais ambicioso da WB, especialmente por ser a adaptação fiel do texto da Broadway", responde Bruna. "Estamos 'gestando' a montagem desde 2014 e conseguimos a liberação para a adaptação no Brasil em 2017. O escritório de Willian Goldman faz questão de supervisionar como será a adaptação em cada país, exigindo excelência de produção e adaptação de texto para outros idiomas", adianta a produtora cultural.>
"Em 2020, veio a pandemia e tivemos que dar um tempo na produção. Agora, conseguimos tocar o projeto, que tem direção de Eric Lenate, um artista moderno, que mostrou talento em montagens como 'Love, Love, Love' (adaptação do intenso texto de Mike Barlett). Em 'Misery', Lenate também assina a arquitetura cênica e os adereços. Ele optou por um cenário circular, que leva o público a uma maior imersão na história, com uma sensação de passagem do tempo entre quatro mundos: um quarto, uma cozinha, um corredor e uma varanda", pontua Bruna.>
Conhecida por sua beleza e sensualidade, especialmente pela inesquecível performance em "Presença de Anita", minissérie que a revelou para o estrelato, Mel Lisboa tem o desafio de encarnar uma personagem dura, cruel e com sérios distúrbios de personalidade, que caiu no imaginário popular graças à soberba atuação de Kathy Bates nos cinemas.>
"Mel casa perfeitamente com a roupagem mais contemporânea que queremos dar à personagem. Não queremos mostrá-la apenas como uma mulher louca e obcecada, mas sim atraente, capaz de seduzir Paul. O escritor, por sua vez, não será apenas a vítima da história, mas sim um homem de várias facetas e camadas", detalha Bruna, elogiando tanto as escolhas de Mel quanto de Marcello.>
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