Publicado em 30 de maio de 2025 às 14:13
Uma década depois de causar alvoroço no mercado editorial com um livro para colorir proibido para menores de 18 anos, a editora Bebel Books lança o “Suruba para Colorir #3”. O novo volume da antologia chega com 21 ilustrações inéditas e mantém a proposta provocadora das edições anteriores: misturar erotismo, humor e arte.
O lançamento acontece nesta sexta, às 18h, no Café Bamboo, em Vitória. Em páginas destacáveis e prontas para ganhar cor, Bebel Abreu - idealizadora e capixaba de coração - garante que o livro é um manifesto gráfico.
A publicação chega em edição bilíngue (português-inglês) e tem posfácio do apresentador e comunicador Marcelo Tas, que exalta a resistência do lúdico em tempos conservadores: “O simples fato deste livro sapeca chegar ao Volume 3 é uma prova cabal de que o ritual ancestral continua vivo”, escreve.
A ideia do livro surgiu em um jantar entre amigos em 2014. Bebel, que morou grande parte da vida no Espírito Santo, relembra que estava falando sobre uma série de livros eróticos que já havia lançado, quando alguém sugeriu: “Imagina se fosse uma suruba para colorir?”.
A brincadeira virou realidade em março de 2015, com um lançamento em São Paulo que atraiu mais de 400 pessoas. “Foi melhor do que eu esperava. Nunca recebi uma crítica grande. Tem gente que não gosta, mas é só não comprar”, afirma Bebel, que celebra a longevidade e a repercussão do projeto.
Os volumes anteriores já foram flagrados nas mãos de Erasmo Carlos, Lorelay Fox, Gregório Duvivier, Flávia Reis e Maria Eduarda de Carvalho, entre outros fãs famosos.
A edição também conta com a participação da artista capixaba Emilly Bonna, natural de Colatina e atualmente radicada em Joinville, em Santa Catarina. Emilly é a única representante do Espírito Santo nesta edição e criou uma cena singular, bem-humorada e sensual: a “Associação de tarados por espaguete”.
“Quando recebi o convite da Bebel, já vieram mil ideias na cabeça. Desenhar gente pelada fazendo esquisitices é o meu negócio!”, conta Emilly, que atua com quadrinhos, esculturas, pinturas e outras expressões artísticas.
Ao longo de suas três edições, “Suruba para Colorir” se consolidou como uma das obras mais ousadas e irreverentes da literatura gráfica brasileira. Lançados em 2015, os dois primeiros volumes reuniram nomes como Laerte, Adão Iturrusgarai e o mexicano Alejandro Magallanes, e já venderam mais de 30 mil exemplares.
Nesta nova edição, a coletânea amplia ainda mais a diversidade de artistas e referências. São 21 ilustradores de várias partes do Brasil e do mundo, como o iraniano Ehsan Mehrbakhsh, e mais da metade das contribuições vêm de mulheres. Entre os temas, há “festinhas” só de mulheres, de homens, mistas, com seres antropofágicos, robôs, vibradores e até planetas.
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