Dia do Palhaço: Frederico Reder fala da profissão no século XXI

O artista e empresário, que esteve à frente do circo “Parque Patati Patatá - Circo Show” durante 2 anos e hoje comanda o Reder Circus, conversou com o HZ sobre sua trajetória, passagens pelo ES e desafios na profissão de palhaço e no circo

De bobo da corte ao tradicional nariz vermelho, eles resistem. Os palhaços atravessam gerações e são verdadeiros símbolos de alegria e felicidade. Por isso, no dia 10 de dezembro é comemorado o Dia do Palhaço, uma homenagem a essa profissão tão feliz. Seja no picadeiro, no teatro ou na rua, os palhaços possuem diversas multifacetas.

Quem não se lembra dos famosos filmes do comediante Charles Chaplin? E do palhaço Bozo? Certamente a nova geração já ouviu falar em Patati e Patatá. Cada perfil é único e singular, mas a missão de levar a graça para as pessoas é a mesma. E para entender mais sobre esse universo,  HZ conversou com Frederico Reder, que esteve à frente do circo “Parque Patati Patatá - Circo Show” durante 2 anos e hoje comanda o Reder Circus, no Rio de Janeiro. 

“Para mim, ser palhaço é dedicar a vida à graça, à felicidade do outro. Isso sempre me encantou nos palhaços, temos que pensar que nesse 2021 nem sempre os palhaços estão de cara pintada. Eu digo que é uma figura que deve ser homenageada”, ressaltou Frederico.

“Para mim, ser palhaço é dedicar a vida à graça, à felicidade do outro. Isso sempre me encantou nos palhaços, temos que pensar que nesse 2021 nem sempre os palhaços estão de cara pintada. Eu digo que é uma figura que deve ser homenageada”, ressaltou Frederico.

Frederico Reder

Frederico acredita que um dos papéis do palhaço é promover reflexões, sendo exemplo para o público. Nos shows, Reder diz que costuma cantar músicas que remetem às boas maneiras, como “o bom menino não faz pipi na cama”, do palhaço Carequinha, famoso nas décadas de 1950 e 1960.

Mesmo dedicando a vida proporcionando felicidade para as pessoas, não foi fácil manter a graça nos últimos tempos. A pandemia do novo coronavírus causou um grande impacto na classe. Foram dificuldades, demissões e perdas nesse período, como o humorista Paulo Gustavo.

O Paulo Gustavo era um palhaço que levou a graça para a televisão e para os palcos, assim como um dia foi o Chico Anísio, Renato Aragão. Infelizmente perdemos um dos nossos maiores palhaços desse novo milênio. Queria dedicar esse papo para essa pessoa que permitiu que a graça fosse a grande protagonista da vida dele

Nascido em Carangola, Minas Gerais, Frederico conhece muito bem o Espírito Santo. Ainda quando criança, chegou a passar férias no Estado. "A minha infância toda eu passei férias no Espírito Santo. Eu já era muito nômade provocado pela minha família, ia muito para Nova Almeida e a minha tia morava em Jacaraípe. Eu amava, vivi momentos lindos”, falou o artista.

Frederico é um dos responsáveis pela criação do principal parque do Rio de Janeiro, o Tivoli Park, que abriga a lona do seu próprio espetáculo, chamado “Abracadabra”. Mas apesar dos empecilhos no caminho do ramo circense, Fred se considera otimista em relação ao futuro da arte que acontece debaixo das imensas lonas. 

“Eu sou otimista na vida. No Brasil, tem mais de três mil circos, é mentira quem acha que o circo acabou, temos que fazer uma análise do momento. O circo é uma arte milenar, que atravessou a guerra. É a arte mais completa que existe, o circo nunca acabou e nunca vai acabar”, salientou Reder.

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