Publicado em 22 de junho de 2022 às 13:15
Com o hit do disco "All the Right Noises" em 2021, a banda de hard rock britânica Thunder, por conta da Covid-19, não conseguiu sair em turnê para badalar o novo projeto. Em lockdown, os roqueiros continuaram na labuta, ou melhor, compondo, e lançaram recentemente "Dopamine", primeiro disco duplo de uma carreira de mais de 50 anos, disponível nas plataformas digitais.>
Com 16 faixas, o trabalho aborda os mais diversos assuntos, desde a pandemia do novo coronavírus - e seu efeito em nossas rotinas - até as consequências do uso das redes sociais na sociedade moderna.>
Danny Bowes, vocalista principal da banda, falou a respeito do lançamento, um trabalho ácido, que avalia, na medida certa, nossa dependência do mundo virtual. >
"Acho que 'Dopamine' traz um novo momento para nós porque depois do que vivemos na pandemia, com a quarentena e o mercado de shows e música praticamente paralisados por dois anos, trabalhamos bastante para apresentar novas músicas para nosso público, e todo o empenho que tivemos, nós colocamos nesse álbum", detalhou, em entrevista.>
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A primeira das 16 faixas, "The Western Sky", um rock "social" da melhor qualidade, ganhou clipe com animação conceitual e mais de 400 mil visualizações no YouTube. Sinta a vibe! >
Abaixo, veja trechos da entrevista com o artista britânico. Vem com a gente!>
Acho que 'Dopamine' traz um novo momento para nós porque depois do que vivemos na pandemia, com a quarentena e o mercado de shows e música praticamente paralisados por 2 anos, trabalhamos bastante para apresentar novas músicas para nosso público, e todo o empenho que tivemos, nós colocamos nesse álbum. Isso faz esse disco ser muito especial, principalmente do lado artístico. Não podermos fazer as coisas que gostamos por conta da quarentena e isso nos fez aumentar ainda mais a dedicação para o novo trabalho, que terminamos em outubro do ano passado. E isso nos deu a oportunidade de lançar dois álbuns quase juntos, esse e "All The Right Noises", em 2021.
Foi muito simples. Nós todos nos damos muito bem, somos bons amigos e temos um procedimento muito fácil ao chegar no estúdio. Mas o processo de gravação depende. Às vezes ouvimos músicas no estúdio, ou em casa, e, às vezes, levamos pro estúdio, discutimos sobre influências, inspirações e ideias. Dependendo do caso, pode demorar um pouco. Mas, geralmente, o processo acaba sendo rápido. Claro, depende muito do momento, do dia, como cada um está naquela semana, e por aí vai.
Isso também varia bastante de música pra música. Às vezes você toca a guitarra, que acaba funcionando ou servindo para uma frase da letra, ou toca o piano e acaba combinando com um arranjo. Às vezes se tem a ideia para uma boa melodia, mas ela nem sempre funciona. E aí mudamos tudo e tocamos outra vez. Mas aceitamos e entendemos quando surge uma boa ideia e acabamos explorando-a bastante.
Quem não foi afetado pela pandemia, certo? Nós aqui temos muita sorte porque somos bons amigos há muitos anos, não discutimos, não brigamos, nos damos muito bem no dia a dia. Acho que a grande questão é confiar em seus instintos e nas pessoas em sua volta, e tentar ser leve, não só em um momento como esse, mas na vida como um todo. E aí as coisas fluem e só vem boas energias. E coisas boas aconteceram conosco apesar de todo esse momento complicado. E apesar de termos shows cancelados no meio da pandemia, conseguimos lançar dois álbuns.
Estamos bastante empolgados para seguir com os nossos shows por agora e esperamos que o pior não volte a acontecer em todo o mundo. Ficar no estúdio foi bom nesse período para investir o tempo para apresentar esses novos trabalhos, que agora queremos apresentar para o mundo ao vivo, para nossos fãs, seguidores e para ouvintes de rock, metal e pessoas que amam música.
Nos conhecemos desde criança e estamos muito orgulhosos de ver onde o projeto chegou depois de todos esses anos. Nunca podia imaginar que aconteceria dessa forma. Acho que uma banda funciona como em qualquer relacionamento longo, tentamos entender um ao outro, tentar ajudar para fazer as coisas darem certo e dar sempre o seu melhor. Você conhece os pontos fortes, as fraquezas e talvez as coisas que te aborrecem da outra pessoa, mas você deixa isso de lado, releva e, com o tempo, aprende como fazer as coisas juntos. Acho que somos pessoas de muita sorte porque podemos tirar vantagens de muitas coisas positivas como essas, ao contrário de pessoas, bandas e artistas que encontram dificuldades de relacionamento por aí e nem sempre conseguem chegar tanto tempo trabalhando juntos.
Queremos trabalhar sempre e fazer o que gostamos. Acho que, provavelmente, para sempre mesmo. E junto sempre construindo a nossa audiência, agradando nossos fãs, conquistando novos fãs e viajar mesmo de cima para baixo, na estrada e lançando novas músicas no futuro.
Estamos sempre ouvindo diversos artistas e gosto de plataformas como o Spotify, que sugerem novos ou tradicionais artistas aleatoriamente através de suas sugestões ou pelo algoritmo.
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