Carnaval de rua do Rio de Janeiro está cancelado

A decisão foi anunciada em reunião com blocos e patrocinadores na tarde desta terça (4). O prefeito sinalizou não ver razão para cancelar os desfiles das escolas de samba na Marquês da Sapucaí

Bloco da Favorita na abertura oficial do Carnaval 2020, na praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro (RJ), neste domingo (12).

No total, 506 blocos de rua se inscreveram para desfilar. Crédito: Dikran Junior/Futura Press/Folhapress

O prefeito Eduardo Paes (PSD) cancelou o Carnaval de rua no Rio de Janeiro. A decisão foi anunciada em reunião com blocos e patrocinadores na tarde desta terça (4).

Ele e o secretário de Saúde, Daniel Soranz, se reuniram com representantes de ligas que congregam alguns dos principais blocos da cidade, como a Sebastiana.

No total, 506 blocos de rua se inscreveram para desfilar. Paes ainda não garantiu a realização do Carnaval de rua, mas sinalizou não ver razão para cancelar os desfiles das escolas de samba na Marquês da Sapucaí. Ele já comparou o Sambódromo aos estádios de futebol, que voltaram a receber público no ano passado.

NOTIFICAÇÃO

Outras capitais já cancelaram os eventos de Carnaval, sendo a principal delas Salvador. A lista de municípios que não terão a festa chega a 58 no interior paulista, litoral e Grande São Paulo.

Em reunião no dia 20 de dezembro, o comitê científico que assessora o prefeito do Rio defendeu que não havia, naquele momento, razão para estabelecer restrições à festa, cancelada no ano passado em razão da pandemia.

Dias depois, a Ambev, patrocinadora do Carnaval de rua carioca que firmou um contrato de R$ 39 milhões para os desfiles, notificou o prefeito para que defina sobre a realização do evento até esta quarta (5).

A notificação foi enviada também para a presidente da Riotur, Daniela Maia, e para a Dream Factory, responsável pela estrutura de apoio aos desfiles.

Agora, o município enfrenta um novo aumento no número de casos, provavelmente pela circulação da variante ômicron. A porcentagem de testes feitos que deram positivo para a presença do coronavírus saltou de 1% em meados de dezembro para 13% na última semana.

O número de internações na rede pública permanece num dos mais baixos desde o início da pandemia, mas a quantidade de pessoas nos leitos do município mais do que dobrou desde o Natal, de 11 para 24, na tarde desta terça.

Enquanto isso, eventos privados fazem as divulgações e vendas de ingressos para o período de Carnaval. A categoria alega que é possível fazer o controle sanitário exigindo o comprovante de vacinação completa contra a Covid.

OUTRAS CAPITAIS

Nesta segunda-feira (3), Salvador confirmou cancelamento do Carnaval de rua em 2022. A decisão aconteceu após o governador da Bahia Rui Costa (PT) anunciar que não haverá festas de rua no período carnavalesco neste ano.

No Recife, maior polo carnavalesco do estado de Pernambuco, ainda há uma indefinição. A prefeitura disse que a decisão ficará a cargo das autoridades sanitárias. A tendência é que a gestão municipal da cidade siga a recomendação do governo estadual, mas a administração sinaliza que os grandes eventos de Carnaval somente poderão voltar ao patamar pré-pandemia com a superação da crise sanitária.

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