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Publicado em 28 de abril de 2025 às 14:00
Amar nunca foi tão complicado, e se você é uma mulher millennial, com certeza sabe bem do que estou falando. Em minhas leituras de Tarot, percebo três padrões nos relacionamentos das Millennials que dificultam ser feliz no amor.>
Entre aplicativos de namoro, redes sociais e a pressão para ser impecável em todas as áreas da vida, os desafios nos relacionamentos parecem estar em um nível difícil de um jogo que ninguém explicou direito como jogar. >
Mas adivinha só? O Tarot, esse velho sábio em forma de cartas, tem sido meu aliado — e de muitas clientes e alunas — para decifrar o que está por trás das nossas escolhas e dos nossos dilemas amorosos.>
Descubra a seguir se você se reconhece em um (ou até em todos) desses padrões de relacionamentos das Millennials e, mais importante, como transformar essas dinâmicas para viver um amor mais leve e equilibrado.>
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Você conhece aquela amiga que é uma força da natureza? Ela trabalha, estuda, faz yoga às 6h da manhã, cuida da família, tem um side hustle (trabalho paralelo) e ainda é a conselheira oficial do grupo? >
Pois é, este é um dos padrões mais comuns entre as mulheres millennials: a super-mulher. Em muitas leituras de Tarot, essas rainhas do multitasking acabam se conectando a pessoas que… bem, não estão exatamente no mesmo ritmo.>
Assim, se tornam mulheres que se doam tanto que, no processo, acabam exaustas e desamparadas. >
Exemplo real:>
Uma cliente se sentia exausta por carregar o relacionamento nas costas. >
No Tarot, ela tirou A Imperatriz para representá-la, uma energia criativa e generosa. >
Para o parceiro? O Pendurado. Ele estava lá, parado, esperando que ela fizesse todo o trabalho emocional e prático.>
A lição do Tarot>
Eu mesma já estive nesse lugar, tentando ser tudo para todos. Então, o Tarot foi meu espelho, me mostrando que não precisamos ser super-heroínas em busca de um resgate.>
Se a relação não é uma troca justa, talvez seja hora de colocar a capa de lado e exigir reciprocidade.>
Outro padrão que vejo — e vivi — é o da mulher que, após alguns tropeços amorosos, decide que está melhor sozinha. >
“Não tenho tempo nem energia para um relacionamento agora”, ela diz, enquanto sua linguagem corporal revela algo mais sutil. >
Mas a verdade é que a independência absoluta, tão característica das millennials, tem dois lados. >
De um lado, é libertador perceber que você consegue ser completa sozinha. Mas do outro, pode ser uma armadura que impede conexões profundas>
Exemplo real:>
Uma cliente tirou Os Enamorados de cabeça para baixo, o que a gente chama de carta invertida no Tarot.>
Isso trouxe à tona o dilema: não era que ela não queria amar; ela estava com medo de se abrir novamente.>
A lição do Tarot>
O Tarot não julga, mas provoca: será que esse “não preciso de ninguém” é liberdade ou um mecanismo de defesa?>
Reflita sobre o que você quer construir para si. O Tarot não vai te dizer para entrar em um relacionamento ou para ficar sozinha, mas vai te ajudar a entender as motivações por trás das suas escolhas.>
Existem aquelas mulheres que ainda vivem na busca pelo “príncipe encantado”. Eu mesma já me peguei nesse lugar, esperando que a relação dos meus sonhos caísse do céu, como nos filmes. >
Mas o que aprendi — e o Tarot sempre reforça — é que o amor real não é perfeito. Ele, na verdade, é construído na imperfeição, na paciência, nos dias comuns.>
Exemplo real:>
Uma cliente descreveu o parceiro ideal como alguém inteligente, engraçado, bem-sucedido, aventureiro, romântico e… a lista continuava. >
Então, a carta da Lua apareceu no jogo e trouxe uma reflexão poderosa: às vezes, idealizamos tanto o amor que ele se torna inalcançável.>
A lição do Tarot>
O Tarot nos desafia a descer da torre encantada e abraçar o que é genuíno. Porque, no fim das contas, a magia de um relacionamento não está na perfeição, mas na humanidade.>
Se identificou com algum desses padrões listados? Veja o que pode fazer:>
✅ Se você se sente sobrecarregada na relação, é hora de exigir reciprocidade.>
✅ Se você evita relacionamentos por medo de se machucar, reflita sobre suas reais necessidades emocionais.>
✅ Se você busca o parceiro “perfeito”, lembre-se de que o amor verdadeiro é construído na imperfeição.>
Se o amor já era um terreno complexo, o cenário atual só aumentou essa complexidade. Como apontou Zygmunt Bauman em Amor Líquido, os vínculos modernos estão se tornando cada vez mais frágeis, moldados pela lógica da descartabilidade e do imediatismo. >
Essa dinâmica se reflete nos padrões que vejo em muitas leituras de Tarot: o desejo de conexões profundas é substituído pela busca por relações que não demandem tanto, que se ajustem à nossa rotina corrida e ao nosso medo de vulnerabilidade.>
Além disso, estamos vendo o crescimento de novos arranjos amorosos: relações não-monogâmicas, poliamorosas e modelos mais fluídos estão ganhando espaço, desafiando os moldes tradicionais. >
Assim, e várias leituras, vejo mulheres lidando com os dilemas dessas configurações, onde liberdade e compromisso precisam coexistir. >
O Tarot, nesse contexto, é uma ferramenta poderosa para questionar: >
Quais são os meus limites? >
O que me faz sentir segura em um vínculo?>
O que estou disposta a experimentar para além do que conheço?”>
A pandemia, com seu isolamento forçado, onde ficamos cara a cara com a solidão, o tédio e as falhas nos nossos vínculos, nos obrigou a reavaliar nossos padrões de relacionamento.>
O Tarot, durante esse período, mostrou-se mais necessário do que nunca, ajudando as pessoas a processarem rupturas, redefinições e a criarem novas narrativas de conexão.>
O que mudou no amor após a pandemia?>
Muitos redescobriram a importância do contato humano, mesmo que virtual, e como a intimidade vai além do toque físico. >
As relações passaram a exigir mais diálogo e flexibilidade.>
O isolamento evidenciou as falhas e fortalezas dos vínculos amorosos.>
Amar, hoje, exige coragem para navegar essas águas instáveis e líquidas, mas também para reconhecer que nenhuma relação, seja ela monogâmica, poliamorosa ou algo completamente novo, é isenta de trabalho emocional. >
O amor é sobre escolhas, não perfeição>
O Tarot, esse guia sábio e acolhedor, nos lembra que o primeiro passo para amar é entender quem somos e o que buscamos — seja na intensidade de um romance ou na leveza de uma conexão momentânea.>
Como mulher millennial, terapeuta e cartomante, sigo aprendendo com cada leitura que faço, com cada história que ouço e com cada relação que vivo. E talvez esse seja o maior presente do amor: ele nunca se repete. Ele é sempre uma dança entre o que somos e o que ainda podemos ser.>
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