Ter uma piscina em casa é uma verdadeira alegria nos dias de calor, proporcionando momentos de diversão e conforto entre família e amigos. Entretanto, para que o lazer não se torne um problema - ainda mais na estação que mais pede o uso do espaço - alguns cuidados devem ser adotados.
E não tem segredo: para manter a piscina sempre limpa e cristalina, é necessário manter uma rotina de cuidados contínuos. Para Victor Salles, que trabalha há 10 anos no segmento, manter o local higienizado e com as condições ideais de uso é essencial para evitar problemas de saúde e garantir a boa aparência do local.
“Filtração suficiente, cloração suficiente e parâmetros regulados são os principais cuidados que devem ser observados. Existe uma série de elementos contaminantes da água, dentre eles os biológicos, microrganismos capazes de provocar doenças, o que demanda atenção”, afirma o profissional.
Para que você possa curtir o melhor do verão nesse espaço, confira a seguir os principais cuidados com a piscina na estação e algumas dicas do especialista:
A limpeza de piscinas localizadas na área externa deve ser realizada pelo menos uma vez por semana. No caso de piscinas cobertas ou protegidas por capas, esse intervalo pode ser estendido de acordo com a condição do local.
Para essa limpeza, apenas produtos certificados e próprios para piscina devem ser usados, sempre na dosagem correta. Produtos de limpeza doméstica, como água sanitária e cloro líquido, devem passar longe do ambiente.
Enquanto isso, a filtragem deve ser feita diariamente na casa de máquinas, para retirada de itens maiores como folhas, galhos e insetos, que podem danificar o equipamento.
Para a dosagem de cloro, é essencial considerar algumas variáveis, já que o produto é volátil e se evapora rapidamente. Fatores como a exposição ao sol, a presença de cobertura e a frequência de uso da piscina influenciam diretamente na quantidade necessária.
A aplicação ideal é a de 14 gramas de cloro por metro cúbico, em dias alternados e após o entardecer. A frequência pode ser ajustada conforme a necessidade, mas esse procedimento é o ideal. Além disso, o residual de cloro na água sempre deve estar com nível de concentração entre 2 e 3 ppm.
O especialista Victor Salles também afirma que estar atento ao pH da água também é essencial, pois é ele que irá garantir a eficácia do cloro e a sensação que a água causa nos nadadores. “O pH sempre deve ser mantido na faixa correta, de 7.2 a 7.6. O pH baixo pode causar irritação nos olhos e altera o aspecto da água, enquanto em níveis altos pode causar irritação nos olhos e na pele”, pontua.
Alguns procedimentos em relação aos cuidados com a piscina podem ser automatizados, gerando mais conforto. Por exemplo, o sistema de geração de cloro se mostra uma alternativa eficiente para manter a piscina limpa e segura, pois utiliza o sal dissolvido na água para produzir a substância, eliminando a necessidade de adicionar produtos químicos diretamente e com frequência.
Além disso, o processo oferece outros benefícios, como uma água mais suave para a pele e os olhos, além de reduzir significativamente o odor característico do cloro. Outra vantagem é que o cloro gerado é mais estável, proporcionando uma desinfecção contínua e eficiente, já que a cloração ocorre de forma automática.
“Não há um tratamento exclusivo para quem cuida da própria piscina sem a ajuda de profissionais especializados. No entanto, é possível automatizar alguns processos, como a filtragem e a dosagem de produtos químicos, de maneira relativamente simples e econômica, reduzindo a necessidade de intervenção manual na manutenção”, observa Salles.
As bombas de piscina são essenciais para manter a água limpa e em circulação, mas exigem cuidados regulares para garantir seu bom funcionamento e prolongar sua vida útil.
Além da limpeza do filtro pré-bomba, que deve ser feita regularmente para eliminar detritos que possam obstruir o sistema, a bomba deve estar instalada em um local ventilado e protegido contra as mudanças do tempo para evitar superaquecimento ou danos por exposição ao sol e chuva.
Cabe também ao morador realizar manutenções preventivas, como lubrificação e inspeção de peças, e prestar atenção aos ruídos incomuns, que podem indicar desgaste ou falhas no equipamento, que deve ser desligado antes de cada limpeza e manutenção.
A limpeza do revestimento é o que mantém a aparência e a higiene da área. Para isso, é importante utilizar uma escova específica para piscinas, que não danifique o material do revestimento, seja ele de azulejo, seja de vinil, seja de fibra de vidro, e remova sujeiras, algas e limo que possam ter se acumulado.
Escovas com cerdas de nylon, com alcance aumentado por cabo telescópio, são boas pedidas por não possuírem material abrasivo e aumentarem o alcance da limpeza. Os rejuntes, que são as áreas mais difíceis de limpar, podem levar uma solução diluída de desengordurante específico para a área, desde que aplicado com uma esponja macia.
O bom estado da piscina também depende de quem a frequenta. Antes de entrar na água, tome um banho para remover resíduos, como protetor solar e suor, evitando a contaminação do local. O protetor solar, inclusive, deve ser aplicado com 20 a 30 minutos antes de dar o mergulho, para evitar a contaminação da água.
Respeite os limites de profundidade e supervisione constantemente crianças ou pessoas com dificuldade de locomoção, assim como não se deve correr nas bordas da piscina para reduzir o risco de escorregões. Objetos como copos de vidro ou brinquedos pontiagudos devem ser mantidos bem distantes do local.
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