Publicado em 8 de setembro de 2023 às 01:58
Completando 472 anos nesta sexta-feira (8), Vitória mostra toda a sua potencialidade junto ao mercado imobiliário. A Capital capixaba ocupa o 4° lugar no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2021. Também tem o maior valor médio do metro quadrado entre as capitais, segundo o FipeZap+, acumulando uma valorização de 7,4% nos últimos 12 meses. >
Apesar bastante adensada, sem muito espaço para novos lançamentos, Vitória concentra, atualmente, 37% dos empreendimentos em construção (atrás apenas de Vila Velha, com 46,2%), de acordo com o 41º Censo Imobiliário do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Espírito Santo (Sinduscon-ES). Ao todo, são 2.470 unidades em produção no município. E o mercado tem buscado novas áreas para continuar a expansão imobiliária em Vitória.>
De acordo com o estudo Radar Imobiliário, divulgado com exclusividade pelo DataZap+, Jardim Camburi, Jardim da Penha, Praia do Canto, Bento Ferreira e Mata da Praia, nessa ordem, são os cinco bairros mais desejados tanto para locação quanto para compra. >
Para o diretor de Economia e Estatística do Sinduscon-ES, Eduardo Borges, o que justifica essa procura está na característica desses bairros, que são verticalizados e com muita oferta de residências, comércio e serviços abundantes próximos. >
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“Jardim Camburi, Jardim da Penha, Praia do Canto são também os três bairros mais populosos, na mesma ordem. Natural que a busca seja maior num bairro com população maior”, complementa.>
Lembrando que os números levantados pelo DataZap+ são de anúncios de imóveis de terceiros, ou seja, não são considerados os lançamentos imobiliários, com compra direto com a construtora, ainda na planta ou na fase de obras. Mas quando se faz um paralelo com os lançamentos, eles coincidem por se localizarem nesses principais bairros.>
“Em linhas gerais, esses também são os bairros com maior quantidade de lançamentos, ou vizinhos a eles. As empresas buscam lançar em mercados maduros como os desses bairros”, avalia.>
Isso mostra que Vitória ainda tem espaço para crescer, mesmo com o adensamento. Segundo o vice-presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Espírito Santo (Ademi-ES), Alexandre Schubert, apesar do município se concentrar nesses cinco bairros, existem oportunidades para outros eixos de desenvolvimento da Capital. >
Ele destaca cinco, que devem seguir o caminho do desenvolvimento imobiliário da cidade, nesta ordem: o entorno do Aeroporto de Vitória, o trecho da Enseada do Suá até a Ilha de Santa Maria, o Centro e a Serafim Derenzi, que deve tomar corpo no futuro.>
“Vitória, hoje, não tem muito mais terra para crescer, que é a matéria-prima do mercado imobiliário. O mercado se consolida nesses cinco primeiros bairros, mas tem oportunidades para esses novos espaços”, avalia.>
Segundo Schubert, cada nova região deve concentrar um segmento diferente de produtos a serem lançados. Por exemplo, ele acredita que os de alto padrão não devem se deslocar dos cinco principais bairros. >
Mas, dentro desse eixo de desenvolvimento, as imediações do aeroporto devem se concentrar em empreendimentos diferenciados, voltados para serviços com facilidades, com foco no turismo de negócios e no novo perfil social dos jovens, que buscam mais praticidade no dia a dia, como uma lavanderia no prédio, por exemplo. >
Com relação ao Centro de Vitória, os investimentos devem se concentrar no retrofit ao invés de demolições para lançamento de novos empreendimentos. Já a Serafim Derenzi deve ser o último eixo de desenvolvimento da Capital, afirma. “O movimento urbano vai levar a cidade para lá, mas será preciso readequar o entorno. Pode ser que ocorra um ou outro lançamento pontual, mas o crescimento em direção da Serafim Derenzi vai acontecer naturalmente”, explica.>
Ainda sobre o levantamento do DataZap+, Jardim Camburi, Jardim da Penha e Praia do Canto, que ocupam as três primeiras posições do ranking de mais buscados para locação, concentram mais de 72% da demanda relativa. Isso significa que, aproximadamente, três em cada quatro pessoas interessadas em alugar imóveis optam por esses locais. >
O estudo Radar Imobiliário também avaliou o comportamento de busca no período de um ano (entre julho/2022 e julho/2023) e constou que Jardim da Penha, apesar de ser um dos destaque do mercado de locação, apresentou também a maior queda na demanda de interessados (-4,55 p.p.). Em oposição a isso, Jardim Camburi foi a região que alcançou o maior crescimento na demanda de busca, atingindo 3,47 pontos percentuais.>
“Ambos os bairros têm localização estratégica e são próximos do aeroporto da cidade. Jardim Camburi, além de ser o maior de Vitória e abrigar parte da praia mais longa, com seis quilômetros de extensão, tem boa infraestrutura, tanto de turismo quanto de serviços, e ainda conta com comércio local bem desenvolvido. Jardim da Penha não fica atrás, com acesso facilitado a importantes vias do município e próximo à Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). A região também abriga cinemas, teatros e restaurantes. Quem reside nesses locais não precisa se deslocar muito, encontrando praticidade e qualidade de vida”, comenta a economista do DataZAP+, Larissa Gonçalves.>
A pesquisa também apurou os atributos das casas e apartamentos que são mais requisitados na hora de comprar ou alugar um imóvel na Capital capixaba. A metragem preferida é de 70m² a 100m², tanto para compradores (33,2%) quanto para locatários (35,81%). No caso de quem procura um lar para alugar, essa preferência também se divide com imóveis de 50m² a 70m², que correspondem a 33,73% da demanda.>
No mercado de locação (55,59%) destaca-se a procura por espaços com dois dormitórios, já no setor de vendas (48,36%) a preferência são três quartos. Em relação às vagas de garagem, espaços que tenham uma vaga são os mais buscados tanto pelos interessados em comprar um imóvel (50,25%), como aqueles que buscam opções de aluguel (73,27%)>
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