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Variedade de pedras do Brasil e ES atrai compradores estrangeiros

Variedade de pedras do Brasil e ES atrai compradores estrangeiros

Além dos desenhos exóticos, os granitos pretos estão entre os materiais mais buscados no Brasil, quando o assunto são rochas ornamentais

Publicado em 2 de fevereiro de 2024 às 16:13

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Vitória Stone Fair
Pedras exóticas estão entre os principais interesses de compradores estrangeiros. (Hub Imobi)

A quantidade e a variedade de rochas ornamentais brasileiras, inclusive do Espírito Santo, é um dos principais atrativos de compradores, principalmente estrangeiros. Eles vêm em busca de novos materiais, principalmente os exóticos e também dos granitos pretos que são encontrados em abundância e variedade por aqui para serem levados e vendidos em mercados internacionais.

Como explica Tyler Cho, vice-gerente geral da empresa sul-coreana Total Marble, que esteve presente em rodadas de negócios que aconteceram durante a Vitoria Stone Fair. Segundo o executivo, a empresa atualmente comercializa de 15% a 20% de materiais brasileiros.

Um dos motivos, ele ressalta, é a distância, já que pode demorar de três a quatro meses para um material vindo do Brasil chegar. A predominância ainda é de rochas italianas, mas a intenção é aumentar a quantidade de pedras brasileiras, uma vez que a empresa tem uma área de armazenamento grande, que poderia contornar essa questão de tempo de espera. 

“O Brasil, em comparação com Itália e Espanha, tem uma diversidade muito maior de rochas, que não vemos no mercado coreano. Queremos inserir esses materiais com um projeto e ver a aceitação. Principalmente dos materiais exóticos”, conta.

Outro empresário que esteve na Stone Fair para participar de negociações e conhecer de perto as rochas brasileiras foi o americano James Ward, da Marble and Granite Inc., que, apesar de já fazer negócios com rochas brasileiras, disse estar encantado com a variedade encontrada por aqui.

Vitória Stone Fair 2023
James Ward veio dos EUA para conhecer de perto as rochas brasileiras. (Karine Nobre)

“É a primeira vez que venho ao Brasil e tem sido uma experiência muito boa, pois foi um divisor de águas, já que pude ver de perto  a imensa quantidade de materiais. É muito diferente de ver apenas as fotos. Tive a oportunidade de acompanhar a rotina da extração das rochas, o que possibilitou entender a formação geológica dessas pedras e quais tipos existem em cada lugar”, diz.

Conexões globais

Essas rodadas de negócios fazem parte de uma estratégia realizada pelo It’s Natural - Brazilian Natural Stone, programa de incentivo às exportações desenvolvido pelo Centro Brasileiro dos Exportadores de Rochas Ornamentais (Centrorochas), que trouxe este ano para a Vitoria Stone Fair, quatro jornalistas internacionais e 10 empresários de países como Coreia do Sul, Colômbia, Estados Unidos, México, Peru, Portugal e Vietnã.

Durante o evento, foram realizadas mais de 250 reuniões junto a 30 empresas brasileiras inscritas. Os convidados participaram também de uma imersão no setor de pedras naturais, com visita a pedreiras e indústrias situadas em Vitória e Cachoeiro de Itapemirim. A programação contou, ainda, com exploração de pontos turísticos do Espírito.

Vitória Stone Fair 2023
As negociações envolveram 30 empresas nacionais e 10 representantes de companhias estrangeiras. (Karine Nobre)

“Geralmente, trazemos compradores de mercados que queremos atingir. Temos uma diversidade fantástica e precisamos prospectar mais clientes. Um de nossos grandes desafios é fazer com que os grandes escritórios de arquitetura e design possam especificar mais as rochas brasileiras em seus projetos”, explica o presidente do Centrorochas, Tales Machado.

Além dessas rodadas de negócios, é parte das ações a participação de empresários brasileiros do setor de rochas, em feiras e eventos internacionais. Um deles será na próxima semana, onde uma delegação brasileira participará da Bond ARC Middle East, feira realizada em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos, que conta com a participação dos principais escritórios de design e arquitetura do Oriente Médio.

“São escritórios que trabalham com grandes projetos e nós teremos uma palestra para falar justamente por que comprar rochas ornamentais do Brasil. Estamos com uma expectativa extraordinariamente alta, porque há uma quantidade muito grande de projetos acontecendo por lá, onde os produtos nacionais podem ser especificados”, acrescenta o vice-presidente do Centrorochas, Fabio Cruz.

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