> >
Rio ainda não decidiu sobre liberação de público em estádios

Rio ainda não decidiu sobre liberação de público em estádios

O secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, lembrou que, em dois eventos realizados no Maracanã, não foram obedecidos os protocolos de segurança sanitária

Publicado em 16 de julho de 2021 às 18:29

Ícone - Tempo de Leitura min de leitura
O Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã
O Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã. (Divulgação @maracana)

O secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, disse hoje (16) que ainda não há uma decisão tomada sobre a liberação de jogos de futebol na cidade do Rio de Janeiro. O Flamengo solicitou à prefeitura a liberação de público para jogo contra a equipe argentina Defensa y Justicia, pelas oitavas de final da Taça Libertadores, na próxima quarta-feira (21), mas a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) acabou confirmando o confronto para o estádio Mané Garrincha, em Brasília, com a presença de público.

Soranz lembrou que, em dois eventos realizados no Maracanã, não foram obedecidos os protocolos de segurança sanitária. O último foi sábado (17), na final da Copa América, entre Brasil e Argentina, quando o protocolo previa várias entradas no Maracanã em horários escalonados.

“Isso não aconteceu", afirmou o secretário. “As pessoas se juntaram e se organizaram para que todos entrassem no mesmo horário. Foi o que gerou aglomeração. Outra situação importante foi a questão dos testes, que deveriam ser feitos em ambientes controlados, por uma empresa credenciada pela Copa América, com responsável médico. A Copa América liberou para que os torcedores pudessem levar os seus próprios testes. Não concordamos com isso. Esta nunca foi a nossa definição”, afirmou o secretário durante a apresentação do 28º Boletim Epidemiológico da prefeitura do Rio.

De acordo com o secretário, quando se propõe a realização de um evento com testagem, é importante que seja feito em ambiente controlado para que a própria empresa que o realiza tenha capacidade de aferir isso. Soranz disse que os testes estão sendo avaliados pela secretaria. “Hoje a prefeitura tem uma cópia desses testes. Estamos tentando verificar se houve testes falsificados. A Conmebol foi multada no limite do que podíamos. Negocia um novo protocolo, com regras mais rígidas e uma multa também acordada entre as partes em valor muito superior ao que tínhamos anteriormente.”

Para o secretário, apesar de o cenário epidemiológico atual ser diferente do que se tinha anteriormente e de, aos poucos, os eventos serem retomados, é importante ter cautela, pois o vírus e a situação são novos. Ele disse que a secretaria entende que para todos foi um ano duro e que está sendo difícil manter as medidas restritivas, mas ressaltou a importância das atividades de lazer e de esporte para a sociedade.

“A gente tem total concepção sobre isso, mas é necessário um pouco de cautela. A gente não sabe ainda como isso tudo vai se comportar nos próximos dias. Se acontecer como está planejado, os resultados aparecendo e o número de casos continuar caindo, é claro que a gente vai ter, cada vez mais, uma posição favorável. Ninguém quer ficar segurando eventos por segurar. A gente está tendo cautela, que é o que o momento pede, um momento ainda de uma incerteza”, acrescentou.

Soranz citou decisões da de países como a Inglaterra, a Espanha, o Canadá e os Estados Unidos, que liberaram as restrições, quando chegaram perto de 75% da população vacinada com a primeira dose. “Ainda não tem essa segurança. Então, é melhor esperar e ver como está se comportando em outros locais, para tomar uma decisão que não coloque a vida de ninguém em risco, nem a sociedade como um todo”, destacou o secretário. “Quanto mais o cenário epidemiológico vai ficando favorável, maior a chance de liberação de eventos”, concluiu.

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais