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Publicado em 17 de dezembro de 2022 às 18:46
Mesmo publicando vídeos nas redes sociais mostrando o local exato onde está — em frente ao 38º Batalhão de Infantaria do Exército, na Prainha, em Vila Velha —, o pastor Fabiano Oliveira ainda não foi detido. A prisão preventiva dele foi decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, por integrar milícias digitais e movimentos antidemocráticos no Espírito Santo. Afinal, por que ele não foi detido pela Polícia Federal? >
De acordo com o delegado Eugênio Ricas, superintendente da PF no Estado, o mandado ainda não foi cumprido porque não há segurança para a ação em meio à multidão que se concentra na frente do quartel. >
Delegado Eugênio Ricas
Superintendente da Polícia Federal no Espírito SantoO delegado também afirmou que o Ministério Público tem sido notificado a todo tempo sobre a situação e pode acionar a Polícia Militar caso acho conveniente. >
"Como somos polícia judiciária, não temos efetivo, nem equipamentos menos letais para atuar imediatamente numa situação como essa, sem gerar riscos para todos os envolvidos. Os mandados devem, e serão cumpridos, estamos planejando e avaliando o melhor momento para que inocentes não tenham sua integridade física ameaçada", finalizou Ricas. >
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Em um vídeo publicado neste sábado (17) nas redes sociais, Fabiano Oliveira reforçou que continua em frente ao Exército na Prainha e agradeceu aos manifestantes (que estão lá protestando contra a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno das eleições) por não terem deixado a PF prendê-lo.>
Além do pastor Fabiano, apontado como líder do grupo Soberanos da Pátria, o radialista e suplente de deputado estadual Maxcione Pitangui (PTB) também está foragido. A Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) confirmou, em nota, que nenhum deles deu entrada no sistema prisional até este sábado.>
A reportagem de A Gazeta pediu mais detalhes ao Ministério Público do Espírito Santo (MPES) sobre quais medidas serão tomadas para prender o pastor. Se houver retorno, o texto será atualizado. >
As investigações do MPES apontam o pastor Fabiano como uma das lideranças dos “movimentos criminosos e antidemocráticos que atacam o sistema eleitoral”. Nas redes sociais, ele se identifica como líder de dois grupos de extrema-direita, o B22 e o Soberanos da Pátria.>
Além de participar de atos antidemocráticos, o MPES afirma ainda que o pastor faz ataques ao Supremo em postagens no Twitter. Uma conta pessoal e outra do grupo Soberanos da Pátria aparecem agora como suspensas na plataforma.>
Max Pitangui, que foi candidato a deputado estadual pelo PTB em 2022, mas não se elegeu, também é apontado como liderança dos movimentos antidemocráticos no Espírito Santo.>
Além dos pedidos de prisão, o ministro Alexandre de Moraes determinou busca e apreensão em um endereço relacionado a Max em Laranjeiras, na Serra, e em um veículo. Em Vila Velha, foi cumprido um mandado de busca e apreensão em um apartamento e em um veículo relacionados ao pastor Fabiano.>
Também foi determinada a quebra de sigilo telefônico, dos arquivos armazenados na nuvem (inclusive registros de deslocamentos de Uber), conteúdos de contas de e-mail e o bloqueio das páginas de Facebook, Instagram, Twitter e YouTube relacionados a Fabiano, Max e ao grupo Soberanos da Pátria. Também deve ser bloqueado o canal de Telegram do Soberanos da Pátria.>
Desde a última quinta-feira (15), A Gazeta tem buscado contato da defesa de Fabiano Oliveira e Max Pitangui, mas até o momento não houve sucesso. Caso entrem em contato, este texto será atualizado.>
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