Um soldado do 8º Batalhão da Polícia Militar foi vítima de injúria racial, enquanto trabalhava na noite do último sábado (29), em Baixo Guandu, no Noroeste do Espírito Santo. Na porta de uma residência na qual acontecia uma festa, um homem de 37 anos se dirigiu ao policial com palavras e expressões como macaco e neguinho safado.
O crime aconteceu após uma denúncia feita por uma mulher, por causa do som alto que tocava na residência, localizada no bairro Vila Kennedy, às 23h50.
Ainda segundo informações da PM, várias pessoas presenciaram a cena e foi possível perceber que o soldado se sentiu extremamente humilhado. Logo após a atitude racista, o militar deu voz de prisão e o homem tentou fugir, mas acabou detido e levado à 15ª Delegacia Regional, que fica em Colatina, cidade vizinha, também do Noroeste do Estado.
Por meio de nota, a Polícia Civil informou que o homem conduzido foi autuado em flagrante por injúria racial e responderá pelo crime em liberdade, visto que pagou a fiança estipulada. Conforme o Código Penal Brasileiro, quem injuria alguém está sujeito ao pagamento de multa e pode ficar de um a três anos preso.
DIFERENÇA ENTRE INJÚRIA RACIAL E RACISMO
De acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o crime de injúria racial consiste em ofender a honra de alguém com base em elementos referentes à raça ou à cor de uma pessoa; e, em geral, está associado ao uso de palavras depreciativas, como no caso que aconteceu neste final de semana em Baixo Guandu.
Já o crime de racismo acontece quando se atinge uma coletividade de indivíduos e discrimina uma raça inteira. Impedir o acesso de pessoas negras a um determinado estabelecimento comercial seria um exemplo. Considerado mais grave que a injúria racial, o racismo é inafiançável e imprescritível no Brasil.
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