Publicado em 28 de novembro de 2023 às 09:00
Um bancário, um contador e mais dois suspeitos são investigados pela Polícia Federal do Espírito Santo por cometerem fraudes bancárias, dando prejuízo às instituições financeiras e aos cofres públicos. Nesta terça-feira (28), a Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários realizou uma operação para cumprir oito mandados de busca e apreensão contra os homens. Foram recolhidos documentos falsos, cartões bancários e celulares. Os nomes dos investigados não foram divulgados pela PF.>
Segundo a Polícia Federal, o grupo agia de duas formas. Na primeira, eles criavam pessoas físicas fictícias, usando documentos falsos para obtenção de empréstimos e financiamentos bancários fraudulentos. Como as pessoas não existiam de fato, os bancos nunca conseguiam cobrar pelos empréstimos feitos.>
Em outra forma de atuação, os acusados abriam novas contas bancárias passando-se por pessoas que já possuíam saldos de FGTS ou aplicações financeiras com altas quantias depositadas nas mesmas instituições financeiras. Depois da fraude, eles promoviam o saque dos valores.>
Conforme apuração da repórter Daniela Carla, da TV Gazeta, o líder do grupo é um comerciante de Vila Velha, de 35 anos. Ele, que é natural do Pará, já foi preso por estelionato. O contador tem 55 anos e era responsável pela falsificação dos documentos. Já o bancário, de 52 anos, era quem ajudava a apontar possíveis clientes que podiam ser vítimas. >
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"Em 2022 a gente identificou um indivíduo que tinha criado vários documentos com variações do nome dele. Com esses documentos ele criou pessoas jurídicas e obteve benefícios do governo. Esses benefícios são pagos pela Caixa Econômica Federal, mas esses golpes também foram cometidos em toda a rede bancária aqui do Estado", detalhou o delegado Lorenzo Espósito, da Polícia Federal. >
Ele também falou sobre a segunda modalidade do crime: "O líder da quadrilha tinha em casa vários contracheques de uma empresa grande do Estado, com pessoas de salários altos e que potencialmente tinham FGTS alto e investimentos. Aí eles conseguiam os dados para poder criar a documentação com a foto dessa pessoa e assim ir no banco e sacar esses valores".>
Nos dois casos eram falsificados documentos de identidade, CPFs, títulos de eleitor e documentos de constituição de pessoas jurídicas. >
Segundo as investigações da "Operação Ouvido de Mercador", eles davam golpes em diversas instituições financeiras da rede bancária, especialmente na Caixa Econômica Federal nos municípios de Vila Velha, Cariacica, Serra e Guarapari.>
Os policiais descobriram, ainda, que o grupo obteve diversos auxílios governamentais, inclusive Auxílio Emergencial, lesando também os cofres públicos. >
Agora, as investigações continuam. Os integrantes podem responder pelos crimes de estelionato, de associação criminosa e de fraudes documentais, eventualmente praticados.>
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