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Pé em cadeira de bar motivou ataque com morte de inocente na Serra

Pé em cadeira de bar motivou ataque com morte de inocente na Serra

Segundo a polícia, grupo premeditou crime um dia após a briga no bar, mas quem acabou morrendo foi um jovem que só tinha pegado uma carona e não tinha relação com a desavença

Publicado em 21 de setembro de 2023 às 13:08

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Uma briga de bar que começou por conta de um pé que foi colocado em cima de uma cadeira motivou o ataque a tiros que terminou na morte de João Vítor Costa de Souza, 19 anos, no dia 16 de abril deste ano, em Nova Carapina 2, na Serra. Gabriela Moura Sfalsin, de 19 anos, Thiago Marques Gomes, 21, e Patrick das Neves Vulpi Soares, 26, foram presos acusados do crime.

João Vitor Costa de Sousa, de 19 anos
João Vitor Costa de Sousa, de 19 anos. (Reprodução)

No dia crime, os suspeitos teriam atirado na direção do carro onde estava a vítima — que não era o alvo. Outras quatro pessoas, que estavam no interior do veículo, também foram baleadas.

Crime

Thiago Marques Gomes, Patrick das Neves Vulpi Soares e Gabriela Moura Sfalsin
Thiago Marques Gomes, Patrick das Neves Vulpi Soares e Gabriela Moura Sfalsin. (Divulgação | Polícia Civil)

O chefe da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa de (DHPP) da Serra, delegado Rodrigo Sandi Mori, explicou que a motivação do crime foi uma briga, no dia anterior ao ataque, entre Thiago e duas vítimas, em um bar no bairro Nova Carapina 2.

Na ocasião, o suspeito, após ingerir bebida alcoólica, colocou a perna em cima de uma cadeira onde a filha da dona do bar estava sentada. “Fato que incomodou não só a menina, como também outros indivíduos que se encontravam no local, que partiram para cima do Thiago o agredindo com chutes e socos. Por este motivo, no dia posterior, como forma de vingança, o Thiago, Patrick e a Gabriela cometeram esse crime”, explicou o delegado.

Pé em cadeira de bar motivou ataque com morte de inocente na Serra
Homem que escapa do veiculo e passa correndo era o alvo dos acusados
Homem que escapa do veiculo e passa correndo era o alvo dos acusados. (Imagens de videomonitoramento)

Patrick não estava no bar no momento da confusão, mas, ainda assim, participou do ataque. Ele e Thiago foram os executores. Gabriela foi quem avisou a eles que os alvos estavam no local.

Os dois chegaram ao local a pé. Neste momento, Thiago avistou os alvos dentro do veículo branco, modelo Corsa, e começou a efetuar os disparos, seguido por Patrick. Dos cinco que estavam dentro do carro, dois deles eram os alvos. Quatro conseguiram correr e foram atingidos de raspão. 

João Vitor Costa de Sousa, de 19 anos, que estava sentado no meio do banco de trás e não era o alvo acabou não conseguindo fugir e morreu. Ele nem estava no bar no dia da discussão, mas pegou uma carona com as outras vítimas no dia do ataque. O delegado destacou que o jovem não tinha antecedentes criminais. 

Frieza

19 dias após o crime, Thiago e Gabriela cometeram furtos em uma distribuidora no bairro Cidade Pomar, no mesmo município, e traficantes pegaram o suspeito e o agrediram. Por conta disso, eles planejaram matar aqueles que agrediram Thiago e também o dono da distribuidora.

“A frieza da Gabriela é demonstrada em diversos áudios colhidos na investigação em conversa com o Thiago, onde ela demonstra a premeditação de crimes e incitação à violência. É aparente o prazer na morte dos seus desafetos mediante tortura”, comentou delegado Rodrigo Sandi Mori.

Aspas de citação

Surpreende porque em depoimento ela é bem fria, é calma, não demonstra arrependimento. Ela mente em várias partes do seu depoimento, cai em contradição. Ela foi a cabeça desse crime. Foi ela quem indicou o Thiago

Rodrigo Sandi Mori
Delegado e chefe da DHPP da Serra
Aspas de citação
Conversas entre Gabriela e Thiago no dia 4 de maio, 19 dias depois do crime.
Conversas entre Gabriela e Thiago no dia 4 de maio, planejando outro crime. (Divulgação / Polícia Civil)

Os três foram indiciados por homicídio qualificado pelo motivo torpe, sem possibilidade de defesa da vítima e por quádrupla tentativa de homicídio também, por conta das quatro pessoas que se encontravam no interior do veículo que foram atingidas pelos disparos, mesmo de raspão. Eles já são réus em ação penal e o Ministério Público já ofereceu denúncia à Justiça.

Procurada pela reportagem, a defesa de Gabriela Moura Sfalsin, realizada pelo advogado Winter Winkler, afirmou que provará a inocência dela durante a instrução processual. "Ficará devidamente demonstrado que a mesma não tem qualquer participação nos fatos noticiados", informou por meio de nota.

A reportagem tenta contato com a defesa dos outros dois suspeitos, mas ainda não obteve retorno. O espaço segue aberto para manifestações. 

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