A Polícia Civil do Rio de Janeiro encontrou parte do relógio de um dos três seguranças capixabas que foram sequestrados e torturados em Cabo Frio em julho deste ano. Eder Henrique de Moura Teixeira, de 32 anos, Luiz Paulo dos Santos França, de 29 anos, e um terceiro vigilante foram ao RJ em busca de melhor qualidade de vida.
O acessório foi encontrado no dia 3 de outubro durante escavações realizadas nas proximidades onde o trio foi sequestrado. Um dos criminosos indiciados pelo crime e apontado como chefe do tráfico de drogas na Favela do Lixo, Rodrigo Rangel Lima, conhecido como DG, morreu em confronto com policiais militares na região.
A polícia acredita que que os profissionais, que faziam segurança de casas no bairro Parque Bule, no estado carioca, foram confundidos com milicianos. De acordo com o delegado Sérgio Simões Caldas, titular da 126ª Delegacia de Polícia de Cabo Frio, as três vítimas possuíam uma microempresa que presta um apoio comunitário de vigilância noturna não armada.
Há quase três anos estabelecidos em Campos dos Goytacazes - no interior do Rio-, os seguranças decidiram expandir os negócios na Região dos Lagos. Em entrevista concedida para A Gazeta em agosto deste ano, o delegado informou que o trio não conhecia a região e passou a executar o trabalho de vigilância no bairro Guarani.
O bairro está situado ao lado da Favela do Lixo, considerada a mais violenta da cidade. Um dos panfletos distribuídos pelos rapazes chegou aos traficantes, que resolveram sequestrar e torturar o trio. Um deles conseguiu fugir correndo. O crime foi denunciado e passou a ser investigado pela Polícia Civil.
No dia 7 de agosto, uma equipe de investigação encontrou ossadas e restos mortais envolvidos em pneus carbonizados durante uma operação no bairro Manoel Corrêa, na comunidade conhecida como Favela do Lixo. Durante as buscas, a polícia foi recebida a tiros. Um dos criminosos indiciados pelo crime e chefe do tráfico de drogas, Rodrigo Rangel Lima, conhecido como DG, morreu em confronto com policiais militares na região.
Inicialmente, houve a suspeita de que as ossadas encontradas pudessem ser dos capixabas, mas o resultado de DNA deu negativo.
"Nós ficamos sem chão novamente porque já esperávamos que os ossos fossem deles. Óbvio que gostaríamos que eles estivessem vivos, mas, na pior das hipóteses, essa história teria tido um fim. Agora, reacendem todas as esperanças, começa tudo de novo. É como se tivéssemos voltado para a estaca zero", desabafou um parente de Éder Henrique, um dos desaparecidos.
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