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'Parem de nos matar', diz liderança em protesto contra feminicídio

"Parem de nos matar", diz liderança em protesto contra feminicídio

Jeovania Barcelos, coordenadora do projeto social Guerreiras da Paz, que ajuda mulheres vítimas de violência, fez desabafo em manifestação após morte de Kerci Cardoso, uma integrante do grupo

Publicado em 12 de setembro de 2020 às 14:07

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Protesto pediu Justiça pela morte de Kerci Araújo Cardoso, de 23 anos, que foi morta estrangulada.
Família e amigos protestam após jovem ser estrangulada em Vitória. (Reprodução/ TV Gazeta)

Coordenadora do projeto social Guerreiras da Paz, Jeovania Barcellos fez um apelo forte na manhã deste sábado (12), durante o protesto que pedia Justiça pela morte Kercilaine Araújo Cardoso, de 23 anos, integrante do grupo que ajuda mulheres vítimas de violência. A jovem, conhecida como Kerci, havia sido estrangulada na véspera, e a família aponta o ex-marido dela como autor do crime. 

"Parem de nos matar. Quando se mata uma mulher, se destrói uma família inteira", declarou Jeovania para a TV Gazeta, durante a manifestação.

Kerci havia se tornado voluntária do Guerreiras da Paz justamente por causa das agressões que sofria. "Por várias vezes, ela saía de casa para fugir desse covarde. Ela estava separada dele. Ele não aceitou a independência dela, ela sair e viver a vida dela porque toda mulher tem o direito de ser feliz e viver a vida dela", ressaltou Jeovania.

O protesto reuniu amigos e familiares das vítimas. Eles fecharam a avenida Serafim Derenzi, na altura do bairro São Pedro, para protestar contra a morte da jovem que fazia máscaras pra vender numa barraca em frente ao local do protesto. A Polícia Militar acompanhou o protesto, que durou duas horas. Enquanto os manifestantes ocupavam a avenida, a avó de Kerci acompanhava tudo da janela de casa. Ela, a mãe e o pai de Kerci não tiveram condições emocionais para participar da manifestação.

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Segundo peritos da Polícia Civil, a vítima foi morta estrangulada com fio de energia. O rosto da vítima estava coberto por um travesseiro. Por nota, a Polícia Civil informou que o caso seguirá sob investigação da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM). "Até o momento nenhum suspeito foi detido e outras informações não serão repassadas para que a apuração dos fatos seja preservada", informou.

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