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Empresários são presos suspeitos de instalação ilegal de kit gás no ES

Empresários são presos suspeitos de instalação ilegal de kit gás no ES

A operação aconteceu nesta quinta-feira (2). Segundo a polícia, instalações eram feitas em táxis e carros de motoristas de aplicativos, causando perigo aos usuários

Publicado em 2 de setembro de 2021 às 15:53

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Empresas foram interditadas suspeitas de serem responsáveis por instalar kit gás sem autorização do Inmetro
Empresas foram interditadas suspeitas de serem responsáveis por instalar kit gás sem autorização do Inmetro. (Agência Brasil)

Três empresários foram presos e três empresas interditadas durante uma operação, realizada nesta quinta-feira (2), com o objetivo de combater o comércio e instalação clandestina de kit gás em veículos da Grande Vitória. A ação conjunta foi deflagrada pela Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), junto ao Instituto de Pesos e Medidas do Espírito Santo (Ipem) e ao Procon Estadual.

As empresas são suspeitas de serem responsáveis por instalar kit gás, sem autorização do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), em táxis e carros de motoristas de aplicativos, gerando perigo a inúmeros usuários desse tipo de transporte.

Segundo o titular da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor, Eduardo Passamani, as empresas interditadas ficam em Jardim Limoeiro e Porto Canoa, na Serra, e em Cobilândia, em Vila Velha. "Elas não tinham autorização do Inmetro e não possuíam o Certificado de Registro de Instalador (CRI), que atesta que a empresa está capacitada para instalar o gás veicular com segurança", detalhou o delegado.

A equipe realizou a força-tarefa nos locais após receber denúncias. Nos imóveis, foram identificados vários cilindros e kits de instalação e, em uma das empresas, a polícia chegou a encontrar documentos falsos que atestavam que produtos defeituosos estavam perfeitos para uso. "Eram produtos que haviam sido reprovados não poderiam ser usados. Colocavam uma tarja em cima e forneciam ao consumidor, como se fosse um documento verdadeiro", acrescentou Passamani.

Os três empresários foram conduzidos para a delegacia. Dois deles prestaram depoimento e assinaram um termo circunstanciado (TC). O outro foi autuado por falsidade ideológica devido à adulteração de documentos, pagou fiança de R$ 1 mil e foi liberado para responder ao processo em liberdade. "Vamos continuar as investigações. Este que responderá por falsidade ideológica confirmou que pega nota fiscal de empresas de amigos e usa para facilitar a regularização dos kits", disse.

O delegado explicou que o perigo das instalações de kit gás é que, sem a capacidade técnica do equipamento, acidentes e até explosões em carros com este tipo de combustível podem acontecer. "A princípio, esses empresários trabalhavam de forma independente, mas o fornecedor do kit gás seria o mesmo para os três. Vamos abrir uma investigação em relação a esse vendedor. Vender o kit gás não é crime, mas ele estava abastecendo o mercado clandestino. Vamos investigar", completou Passamani.

As empresas são suspeitas de serem responsáveis por instalar kit gás, sem autorização do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro)(Polícia Civil | Divulgação)

COMO IDENTIFICAR EMPRESA QUALIFICADA

O titular da Decon afirmou que, após cinco anos de uso, todo cilindro de kit gás precisa ser requalificado e passar por uma bateria de testes para que não ocorra risco de explosão.

"Quando esse cidadão, apontado por praticar falsidade ideológica, pegava o kit, o cilindro saía de lá praticamente novo, com o selo do Inmetro de quando a empresa tem o registro. Mas, nesse caso, flagramos usando uma válvula reprovada. Ele pegou o kit novo e, a válvula, o mais importante, foi reprovada. Ele revendia para o consumidor uma mercadoria que pode apresentar problemas", especificou o delegado.

Por fim, Eduardo Passamani reiterou que, quando o consumidor fizer a instalação do kit gás em qualquer empresa, deve perguntar se o estabelecimento é certificado pelo Inmetro e exigir a apresentação do Certificado de Registro de Instalador (CRI). "Nós vamos prosseguir na investigação quanto às empresas legalizadas. Apreendemos também notas fiscais de empresas regulares e vamos investigar", finalizou.

Errata Atualização
2 de setembro de 2021 às 18:34

Após a publicação desta matéria, a Polícia Civil realizou coletiva de imprensa e passou detalhes sobre a operação de combate ao comércio e instalação clandestina de kit gás em veículos da Grande Vitória que resultou na prisão de três empresários e na interdição de empresas. As informações foram inseridas no texto.

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