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Dono de agência é preso por vender pacotes falsos de viagem no ES

Dono de agência é preso por vender pacotes falsos de viagem no ES

Investigações apontam que homem de 26 anos fez 13 vítimas no Estado, gerando um prejuízo de cerca de R$ 30 mil; ele alega que pandemia atrapalhou os negócios

Publicado em 21 de março de 2023 às 13:19

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Suspeito foi preso pela Polícia Civil, na própria casa, em Colatina, no dia 14 de março de 2023
Suspeito foi preso pela Polícia Civil, na própria casa, em Colatina, no dia 14 de março de 2023. (Divulgação Polícia Civil | Montagem A Gazeta)

O dono de uma agência de turismo foi preso na última terça-feira (14) na casa dele, em Colatina, no Noroeste do Espírito Santo. O homem de 26 anos é suspeito de vender pacotes de viagem falsos e não teve o nome divulgado. As investigações apontaram que ele fez 13 vítimas no Estado. Juntas, elas sofreram um prejuízo de aproximadamente R$ 30 mil.

Conforme informações repassadas na manhã desta terça-feira (21) pela Polícia Civil, as investigações começaram em outubro do ano passado, quando uma pessoa de Vitória registrou um boletim de ocorrência contra ele, após comprar três pacotes por um valor total de cerca de R$ 5 mil e não conseguir viajar.

"Mesmo estando ativo nas redes sociais, o suspeito sumiu, não atendia ligações. Ele também não forneceu as passagens nem hospedagens. Durante as investigações, verificamos que outras 12 pessoas tinham registrado boletim por ele não ter arcado com as viagens", explicou o delegado Brenno Andrade, responsável pelo caso.

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Ele estava praticando o crime de forma reiterada, pelo menos, desde 2019

Brenno Andrade
Delegado titular da Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC)
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De acordo com as investigações, o suspeito fez vítimas de várias cidades capixabas e mantinha uma agência de turismo no Centro de Colatina – que foi fechada dias antes da prisão, pelo próprio dono, segundo a Polícia Civil. Essa "sede" e a residência dele também foram alvos de busca e apreensão na terça-feira (14).

Em depoimento, o homem disse que não conseguiu arcar com os pacotes devido à pandemia da Covid-19 e que pretendia ressarcir as vítimas. "Ele falou que pagaria com o dinheiro que viria da abertura de uma empresa de empréstimo consignado, mas causa estranheza ele dizer isso só quando é preso", ressaltou o delegado.

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Ele alega ilícito civil, mas o problema ultrapassa essa questão, porque ele fez de forma reiterada: manteve a empresa ativa e continuou vendendo mesmo quando já sabia que não poderia arcar com as viagens. Ele teve dolo (intenção)

Brenno Andrade
Delegado titular da Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC)
Aspas de citação

Ainda segundo as informações repassadas pela Polícia Civil, a agência que ele mantinha se chamava "Sua Viagem". Em apenas um dos perfis nas redes sociais, a empresa oferecia viagens para todo o país, de ônibus e de avião, e contava com mais de 19 mil seguidores.

Agora, as investigações continuam e verificarão se há vítimas de outros estados, já que a maioria dos pacotes era vendida pela internet. O suspeito deve responder criminalmente por estelionato, crime que prevê pena de um a cinco anos de prisão, e ainda pode responder na vara cível.

Dicas para não cair em golpe

Ao final da coletiva de imprensa desta manhã, o delegado Brenno Andrade deu orientações para evitar que pessoas caiam neste tipo de golpe. São elas:

  • Desconfiar de preços muito abaixo daqueles praticados pelo mercado;
  • Suspeitar de empresas desconhecidas;
  • Verificar a reputação da empresa no site Reclame Aqui;
  • Consultar o CNPJ da empresa antes de fechar o negócio.

"Procure sempre uma empresa confiável, conhecida. Pode ser que você pague mais caro, mas vai ter a certeza de que vai viajar. O barato, às vezes, sai caro. O dinheiro das vítimas, infelizmente, é muito difícil de recuperar, porque ele é pulverizado, transferido ou sacado imediatamente", reforçou.

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