Publicado em 29 de setembro de 2020 às 17:24
Em entrevista nesta tarde (29) ao programa Cotidiano, da rádio CBN Vitória, o delegado titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, Marcelo Cavalcanti, afirmou que os suspeitos do assassinato de quatro pessoas, ocorrido na tarde desta segunda-feira (28), na ilha Doutor Américo de Oliveira, não sabiam quem eram as vítimas. Ainda segundo a autoridade policial, o grupo de criminosos já foi identificado e inicialmente se trata de cinco pessoas que saíram de Cariacica para cometer os homicídios. >
Segundo Cavalcanti, o que motivou a ida dos assassinos à ilha, teria sido a oportunidade de eliminar um grupo rival, pelo que foi constatado nas investigações preliminares. "Podemos dizer que o grupo responsável pelo crime viu uma oportunidade de eliminar uma facção que atua na Capital. Porém, pelos elementos do inquérito, (eles) não sabiam quem eram as vítimas. Tanto é que eles tiram foto, filmam, divulgam isso para uma pessoa que já foi ouvida. As fotos circularam rapidamente e para a investigação facilitou a chegar nos autores", relatou.>
De acordo com o delegado, o andamento das investigações sobre o crime está bem avançado. "Logo, logo mostraremos à sociedade os autores e eles serão presos, onde ficarão por muito tempo. Inicialmente não temos menores como autores, nem como vítimas. Mas a lei está aí para todos, menores e maiores, e ela será colocada em prática. Iremos em busca dos autores do crime", afirmou. >
Nas palavras do delegado, o rapaz que foi espancado, sequestrado, amarrado e colocado dentro do porta-malas de um carro também conhecia as vítimas, mas foi apontado pelo grupo que o prendeu como um informante da gangue rival."Ele estava sendo levado para Cariacica. Conseguiu colocar a mão para fora do porta-malas, alguém viu e acionou o Ciodes. A Força Nacional, de forma rápida, conseguiu intervir e evitar o crime. O que a gente pode dizer é que os amigos das vítimas tentaram um contra-ataque no bairro apontado como sendo dos autores, em Cariacica, e levaram uma pessoa no porta-malas", concluiu. >
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Em reflexão final, o delegado afirmou que este confronto de diferentes grupos ligados ao tráfico de drogas é típico da realidade brasileira. "O Brasil, infelizmente, quando envolve a guerra de tráfico, isso não é uma particularidade do ES. O código do crime lhes impõe a força, o poder, o dinheiro, tudo que o tráfico fornece para eles é com violência, infelizmente. Pedimos apoio da população, por meio do número 181 para denúncias, resguardado o anonimato, para que possamos rapidamente identificar os envolvidos", finalizou.>
Quatro homens foram assassinados na ilha Doutor Américo de Oliveira, na Baía de Vitória, na região de Santo Antônio, na tarde desta segunda-feira (28). A Polícia Militar afirmou que a execução foi motivada por conta de uma briga entre facções rivais da Capital e do Morro do Quiabo, em Cariacica. Momentos antes das execuções, o grupo foi filmado no local do crime. >
Três pessoas foram encontradas mortas na ilha. Uma outra vítima, Pablo Ricardo Lima, 21 anos, foi socorrida de barco pelo próprio tio, que ouviu o barulho dos disparos e foi ao local. O rapaz chegou a dar entrada no Pronto Atendimento de São Pedro, mas já chegou morto ao local. >
As outras três vítimas também foram identificadas. Yuri Carlos de Souza, que tinha 23 anos, Wesley Rodrigues de Souza, de 29 e Vitor da Silva Alves, de 19 anos. >
Dois suspeitos de envolvimento na chacina que resultou na morte de quatro homens na Ilha Doutor Américo, na região de Santo Antônio, em Vitória, foram detidos na manhã desta terça-feira (29) em Porto Novo, Cariacica. A dupla foi levada para o Departamento Especializado de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Vitória. >
Um deles estava em uma viatura da Força Nacional e o outro em um veículo descaracterizado, sem identificação de nenhuma força de segurança do Estado. Um dos agentes, no entanto, estava com colete a prova de balas com inscrições da Polícia Militar. Veja vídeo: >
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