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O motorista da carreta que provocou acidente que matou três pessoas da mesma família, na noite desta segunda-feira (10), em Chapada Grande, BR 101, na Serra, deve se apresentar à polícia nesta quarta-feira (12). O nome dele não foi divulgado. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), uma advogada que afirmou representar o motorista afirmou ao órgão que entrará em contato com a Polícia Civil para programar a apresentação do condutor do caminhão. A Polícia Civil, no entanto, afirma que ainda não foi feito contato formal.
Após o acidente, o motorista permaneceu no local, em um primeiro momento, fez bafômetro, que deu negativo para ingestão de álcool, mas depois saiu com um amigo que passou pela via, e não avisou as equipes policiais. De acordo com a PRF, o motorista seguiu para o Hospital Jayme dos Santos Neves, onde recebeu alta, por ter ferimentos apenas leves, e não procurou a polícia.
ALTA VELOCIDADE
A polícia acredita que a alta velocidade foi o fator primordial para que ocasionasse o acidente, já que a carga poderia ter jogado o caminhão na contramão. Como o veículo tombou junto, o indicativo, segundo a PRF, é que não houve problema na amarração da pedra.
O tacógrafo da carreta, equipamento que mede o tempo de uso, a distância percorrida e a velocidade em que o veículo estava no momento do acidente, foi recolhido para a perícia da Polícia Civil.
Após o acidente, será necessário um guindaste para retirar a pedra e levá-la a uma balança para verificar se houve excesso de peso.
AS VÍTIMAS
Ozineto Francisco Rodrigues, de 38 anos, Danielli Martins, de 34 anos, e Lucca Martins Rodrigues, de 1 ano e 4 meses, morreram na hora. O filho mais velho, identificado como Gabriel Martins Rodrigues, de 11 anos, está internado em estado grave, no Hospital Infantil de Vitória. A família retornava de uma viagem para o Nordeste, quando a pedra de granito, que estava na carreta, caiu sobre o carro deles.
COMPRIMIDOS DE REBITE
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) encontrou comprimidos de rebite dentro da carreta que provocou o acidente. A substância, utilizada por vários motoristas de carreta de forma ilegal para não dormir, estava dentro de uma sacola na cabine do veículo. Foi encontrado dentro da bolsa dele. Fizemos algumas perguntas no hospital e ele confirmou que era pra ele usar. É uma substância muito utilizada pelos caminhoneiros, mas é proibido porque gera danos colaterais, pontuou.
NOTA IRREGULAR
A nota fiscal da carga estava irregular, com várias informações omitidas, de acordo com o inspetor Davi. Não sabemos se era omitido, mas estava irregular, pontuou o motorista.
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