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'O isolamento é a chance que temos de preservar vidas', diz médico

"O isolamento é a chance que temos de preservar vidas", diz médico

O infectologista, Paulo Peçanha, defendeu que manter o isolamento e o distanciamento social é a nossa chance de construir uma história diferente de outros países e cidades do Brasil

Publicado em 16 de abril de 2020 às 11:28

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Data: 22/03/2020 - ES - Vitória - Mulheres com máscaras contra o coronavírus caminham na Avenida Dante Michelini - Editoria: Cidades - Foto: Vitor Jubini - GZ
Mulheres com máscaras contra o coronavírus caminham na Avenida Dante Michelini. Isolamento é cada vez mais importante. (Vitor Jubini)

O Espírito Santo tem 754 casos de covid-19 confirmados. O número teve um grande salto nessa quarta-feira (15), quando houve a confirmação de 197 novos casos. Os dados divulgados pela Secretaria de Saúde (Sesa) mostram, mais uma vez, a importância de manter o isolamento social. 

Para o médico infectologista, Paulo Peçanha, manter o isolamento e o distanciamento social é a nossa chance de construir uma história diferente de outros países e cidades do Brasil. Segundo o médico, o Espírito Santo tem chances de passar pela pandemia com menos sofrimento e morte, se aprender com as lições dos estados em que o coronavírus chegou primeiro.

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Nós estamos exatamente com aquele curva ascendente da pandemia e no momento que os novos casos vão se juntando. Teve a somatório dos números do setor público com o setor privado, mas isso só torna o número mais confiável e mais preocupante. É hora de reforçarmos o isolamento social e mantermos muito firme essa proposta. É a chance que nós temos de preservar vidas. O Espírito Santo se ficar firme no isolamento e no distanciamento social pode contar uma história diferente, com menos pessoas internadas, menos morte e menos choro ao longo desse processo que vai ser sofrido. Se nós tivermos menos adoecimento e menos perdas, nós vamos construir uma história de enfrentamento diferente do coronavírus

Paulo Peçanha
Infectologista
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Em entrevista os Bom Dia Espírito Santo, o médico lembrou que manter a distância de dois metros entre as pessoas é cada vez mais importante, uma vez que o aumento de casos revela também que a contaminação começa muito antes das pessoas apresentarem os sintomas do novo coronavírus.

"É muito importante. Cada dia as pesquisas mostram mais, que as pessoas mesmo antes de ter os sintomas, já estão transmitindo o vírus. Se as pessoas transmitem precocemente, na conversa entre as pessoas, a transmissão pode acontecer. A distância vai nos preservar. Se tiver tosse, a distância tem que ser maior ainda", defendeu.

DEVO USAR MÁSCARA O TEMPO TODO? E LUVA?

O médico defendeu ainda que não dá mais para sair de casa sem máscara. No entanto, o uso de luvas pode ser descartado. Para as mãos, o cuidado principal é a lavagem com água e sabão. 

"Se você está fora de casa é o uso de máscara contínuo. Se vai ao supermercado, na padaria, nos lugares onde temos mais pessoas é muito importante que todos estejam de máscara. A pessoa que está gripada vai protege-la e evitar que ela contamine os outros, a pessoa que não tem nada vai  evitar um eventual contágio. Luva não precisa. Isso vai dar uma falsa proteção. A infecção não é na mão. A mão é o veículo que você leva nas vias respiratórias. Mesmo que você toque em um objeto, em uma superfície, você precisa lavar as mão com água e sabão. Esse é o habito que a gente tem que adquirir para se proteger", afirma Peçanha.

POR QUE TIRAR O CALÇADO ANTES DE ENTRAR EM CASA?

O infectologista também explicou por que tirar os calçados antes de entrar em casa ajuda na prevenção do coronavírus: "As gotículas, quando nós tossimos, vão para o chão e o sapato acaba pisando e de alguma forma os calçados podem levar as gotículas contaminadas para o ambiente de casa. Deixa o calçado do lado de fora e com isso você está evitando levar algum germe, algum vírus para dentro de casa".

Com informações da TV Gazeta

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