Publicado em 21 de abril de 2020 às 13:02
Dos 1.212 casos de Covid-19 confirmados até este momento no Espírito Santo, 171 são de profissionais da saúde, que atuam na linha de frente do combate à doença em hospitais e em outras unidades. Representantes das categorias afirmam que um dos principais problemas enfrentados pelos profissionais é a falta de equipamentos de proteção individual. >
Entre os profissionais contaminados - que representam 14,1% do total de infectados - estão médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, além de outros. No entanto, o detalhamento dos dados, incluindo a área específica de atuação dos infectados e os locais de trabalho não foi informado pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesa). >
O presidente do Sindicato dos Médicos do Espírito Santo, Otto Baptista, explica que todos os profissionais da saúde devem estar protegidos pela utilização de máscaras, óculos, gorros, aventais e álcool em gel. No entanto, a realidade dos hospitais do estado é precária. >
"Todos os setores de saúde a nível de Espírito Santo há uma falha de cerca de dois a três itens, na maioria de três itens, que contribui de maneira direta para a contaminação desses profissionais", pontua Otto. >
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O Conselho Regional de Enfermagem fez vistorias por hospitais e unidades de saúde. A presidente, Andressa Barcellos, afirma que algumas instituições, inclusive, estimulam os funcionários a usar máscaras para além do tempo determinado pelos fabricantes. >
Além da melhora dos equipamentos, o Sindicato dos Médicos também solicitou ao governo estadual uma mudança na escala dos profissionais para permitir que eles entrem em quarentena e a testagem de todos eles a cada 15 dias. >
"Esse colega trabalha em vários hospitais, em vários plantões, nos seus consultórios e também têm suas famílias. Eles podem estar carregando esse vírus. O risco de contaminação é iminente", alerta Otto. >
A testagem geral entre profissionais da saúde também é reivindicada pelo Conselho Regional de Enfermagem. >
"No serviço hospitalar nós tempos profissionais da saúde que têm a doença, mas que não a manifestam. É importante testar esses profissionais para saber qual o universo de contaminados e poder implantar políticas de combate à Covid-19", esclarece Andressa. >
Mas Andressa pontua que os profissionais ainda precisam receber melhor treinamento para os cuidados específicos com os pacientes de coronavírus, que lhes permita garantir sua própria segurança. >
As reivindicações das categorias já foram repassadas ao governo estadual, mas até o momento ainda não houve respostas. Segundo Otto, o governador e a Sesa dizem estar avaliando as solicitações. >
A Sesa foi demandada pela reportagem, para falar sobre o assunto, mas não se manifestou até o fechamento dessa matéria. >
Com informações do G1 Espírito Santo.>
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