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Capixaba contaminado por cerveja em MG continua internado em estado grave

Capixaba contaminado por cerveja em MG continua internado em estado grave

Segundo amigos, Luiz Felippe Telles Ribeiro, 37 anos, respondeu alguns estímulos nesta segunda-feira (13). Apesar disso, o estado dele ainda é grave

Publicado em 13 de janeiro de 2020 às 21:12

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Luiz Felippe está internado em um hospital de Belo Horizonte desde o dia 30 de dezembro. O estado é grave, porém estável. (Reprodução )

O capixaba Luiz Felippe Teles Ribeiro, de 37 anos, contaminado por dietilenoglicol, substância tóxica encontrada na cerveja Belorizontina, em Minas Gerais, continua internado em estado grave. De acordo com amigos, o quadro clínico do engenheiro é estável. 

Luiz está internado na CTI do Hospital Unimed Contorno, na capital mineira. Ele não está em coma, mas não consegue abrir os olhos, segundo relato de amigos. Nesta segunda-feira (13), o capixaba chegou a responder a pequenos estímulos. O caso porém, segue sendo grave. 

ENTENDA

Capixaba contaminado por cerveja em MG continua internado em estado grave

Natural de Marataízes, Luiz Felippe vive em Belo Horizonte com a mulher, onde trabalha como engenheiro metalúrgico. Ele é uma das dez pessoas internadas, até o momento, por contaminação de dietilenoglicol, substância tóxica encontrada pela Polícia Civil em amostras da cerveja Belorizontina, da cervejaria Backer, em Minas Gerais. Após o caso, a empresa foi fechada pelo Ministério da Agricultura.

Cerveja Belo Horizontina. (Divulgação | Backer)

Amigos afirmam que o engenheiro começou a passar mal já nas vésperas do Natal, após, junto ao sogro, ingerir a cerveja Belorizontina, no bairro Buritis, onde mora. Os dois começaram a sentir enjoos, febre e fortes dores abdominais. No dia 30 de dezembro, Luiz foi encaminhado para um hospital de Belo Horizonte, onde permanece internado. 

Já o sogro de Luiz, o bancário Paschoal Demartini Filho, de 55 anos, foi internado em um hospital em Juiz de Fora, na zona da Mata mineira. Ele não resistiu e morreu na última terça-feira (7). Ele é a primeira e única morte registrada pela Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais até agora.

Polícia instaura inquérito contra a empresa Backer, que produz a cerveja BelorizontinaFoto: Uarlen Valério/O Tempo/Folhapress). (Uarlen Valério/ O Tempo/ Folhapress))

A Polícia Civil de Minas Gerais ainda não sabe como a contaminação aconteceu, e disse que não é possível afirmar que tenha ocorrido dentro da cervejaria. A investigação, porém, não descartou uma possível "sabotagem", que poderia ter sido feita por um ex-funcionário. O caso segue sendo investigado e novos lotes da cervejaria analisados. Até o momento, a substância dietilenoglicol foi encontrada em três lotes da cerveja, um deles na linha "Capixaba", que é a mesma que a Belorizontina, porém com rótulos diferentes.

O QUE DIZ A BACKER

Por meio de nota, a Backer informou que "mantém o foco nos pacientes e em seus familiares". A empresa disse que prestará o suporte necessário e reiterou que não utiliza o a substância tóxica dietilenoglicol em nenhuma de suas etapas de produção. A Backer continua colaborando com o trabalho de investigação da polícia. Confira a nota completa: 

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"Nesse momento, a Backer mantém o foco nos pacientes e em seus familiares. A empresa prestará o suporte necessário, mesmo antes de qualquer conclusão sobre o episódio. Desde já se coloca à disposição para o que eles precisarem. A cervejaria informa que continua colaborando, sem restrições, com as investigações. A empresa segue apurando internamente o que poderia ter ocorrido com os lotes de cerveja apontados pela Polícia. A Backer adianta que, na semana passada, solicitou uma perícia independente e aguarda os resultados. Reitera que, em seu processo produtivo, utiliza, exclusivamente, o agente monoetilenoglicol".

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