A greve dos tanqueiros, profissionais do setor de transporte de combustíveis, iniciada na madrugada de segunda-feira (31), teve o fim decretado após uma reunião que aconteceu na tarde desta quarta-feira (2). O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Espírito Santo (Sindirodoviários) informou que a decisão foi tomada após a categoria aceitar a proposta de aumento de salário, além do ticket de férias.
"Fizemos um avanço de 5% de aumento no salário e no ticket alimentação, e também o ticket nas férias. Antigamente o trabalhador, quando voltava de férias, não tinha direito de receber o ticket, agora eles terão. A gente sabe que os trabalhadores mereciam um pouco mais, porque o salário estava um pouco defasado, mas tivemos um avanço, sim", declarou o presidente do Sindirodoviários, Marcos Alexandre da Silva, o "Marquinhos Jiló".
Agora, o trabalho dos tanqueiros seguem normalmente, de acordo com Marcos.
Os tanqueiros iniciaram uma greve na madrugada de segunda-feira (31) no Espírito Santo. O edital de convocação para o ato foi publicado na última sexta-feira (26) pelo Sindicato dos Rodoviários (Sindirodoviários).
Apesar de ter sido convocada pelo Sindiroviários, que também é o responsável pelos motoristas de ônibus, a greve não afeta os motoristas do Sistema Transcol.
Na segunda-feira (31), os motoristas se reuniram na portaria da Vale, na Serra. No vídeo enviado pelo Sindirodoviários é possível ver várias carretas de combustível paradas no local.
O texto do edital destacava que não houve acordo entre a categoria e a classe patronal em relação a negociações trabalhistas e salariais.
No início da tarde de segunda-feira, o Sindirodoviários comunicou a suspensão da greve dos tanqueiros por 24 horas, informando que a categoria se reuniria com o Sindliques – sindicato patronal.
"A reivindicação dos trabalhadores é por 15% de aumento no salário, 15% de aumento no ticket alimentação, ticket nas férias e R$ 5,00 por boca no caminhão", explicou Miguel Leite, diretor do Sindirodoviários.
"Se a carreta tiver três bocas, a empresa paga ao motorista R$ 5,00 a cada vez que ele encher o tanque. Porque é o próprio motorista que abastece na distribuidora. Ele chega lá e já tem a nota, tudo, tem o acesso, eles mesmo liberam a boca do tanque e eles mesmo que enchem, correm um perigo danado e querem receber R$ 5,00 por boca. Eles dão duas viagens em um dia, seriam R$ 30 que eles ganhariam em um dia pelas bocas, é um direito do trabalhador, já tem empresa que paga", completou.
Estavam convocados para a greve todos os motoristas de empresas do setor de transporte de cargas líquidas, inflamáveis, gasosas, corrosivas, químicas e petroquímicas.
Em nota enviada à reportagem de A Gazeta, o Sindipostos informou que o setor acompanha o desenrolar da paralisação anunciada.
"Os postos, assim como a sociedade, são vítimas nesse processo e pouco tem a fazer. Esperamos que os 30% exigidos por Lei seja cumprido e que os manifestantes não bloqueiem a saída das bases para o abastecimento mínimo aos postos de combustíveis e à sociedade", manifestou o sindicato.
"Os postos em geral renovam seus estoques a cada dois dias. Sendo assim, se a greve durar mais do que isso pode impactar a normalidade do fornecimento de produto à sociedade."
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